sexta-feira, setembro 17, 2010

Paulo Teixeira Pinto confessa-se a Ana Sá Lopes [1]


"PSD: uma espécie de ‘sitting duck’"


Paulo Teixeira Pinto recebe o i no fantástico 6.º andar da Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa”, “uma ‘instalação’ deliciosa, onde todo o material exposto, das secretárias às estantes e aos candeeiros, vem das obras de construção civil.” A entrevista incide sobre o projecto de revisão constitucional — e, entre uma ou outra mentirinha do presidente da Causa Real, permite-nos ver, com alguma nitidez, apesar das falinhas mansas, por que esta gente resolveu tomar o PSD.

A primeira ideia com que se fica da confissão de Teixeira Pinto a Ana Sá Lopes é que os gloriosos tempos de Menezes estão de volta. Já tínhamos outros testemunhos, mas vê-los confirmados pelo coordenador da comissão de revisão constitucional do PSD tem outro sabor. Sabendo-se que os membros da comissão foram recrutados entre a elite laranja, parece estarmos em presença de uma reedição do Governo de Santana… a 78 rotações. Diz o desapontado coordenador:
    O PSD deve reconhecer que o processo, tal como publicamente apareceu, não foi o mais feliz. Permitiu que o PSD se tornasse uma espécie de ‘sitting duck’, um pato sentado ao qual todos se atiravam. Independentemente do teor da proposta, este processo começou com notícias inverídicas umas, verídicas outras, sobre o que se passava no interior da comissão de revisão, resultantes de fugas de informação que não deveriam ter acontecido. Permitiu que publicamente se tomassem posições sobre posições putativamente adoptadas pelo PSD, mas sobre as quais não havia ainda decisão. Antes de o PSD ter apresentado o projecto já havia críticas a coisas que nunca constaram. Isso é imputável ao PSD e à comissão.”
E, logo de seguida, acrescenta, referindo-se ao funcionamento interno da comissão de revisão:
    Se houve fugas de informação a partir de membros da comissão, se houve pessoas que se pronunciaram publicamente sobre assuntos que eram reservados, e isso ficou assente desde o primeiro dia, houve quebra de solidariedade dentro da comissão a que todos estávamos comprometidos.”
Ora Teixeira Pinto conclui que a balbúrdia interna gerou discussões na sociedade civil em que “a maioria dos argumentos não tinha como base as posições do PSD”. Então o projecto de revisão não foi elaborado pela comissão?

(a continuar)

1 comentário :

os pulhas disse...

As contradições do pulha são de facto evidentes.
Então a proposta veio de onde? De um corpo estranho? De um ovni? De massamá? Que lata tem este cavalheiro. Mente á descarada, alias na sequencia de muitas outras mentiras urdidas na proposta apresentada.