- ‘Pedro Passos Coelho não é parvo. Quando o líder do PSD exige, perante militantes sociais-democratas reunidos em Viana do Castelo (na sexta-feira) e em Évora (no sábado), considerar os responsáveis políticos pelos maus resultados da economia portuguesa "civil e criminalmente responsáveis", é evidente que ele sabe do que fala. Outra coisa não seria compreensível no líder do maior partido da oposição, que esteve no poder um ror de anos desde a instauração da democracia e que garante estar "cada vez mais preparado para ser Governo". Houve quem tivesse vindo apressadamente explicar que os Governos são responsáveis perante o povo sim, mas politicamente, e que a avaliação (e eventual condenação) das políticas seguidas pelos Governos e pelos partidos se faz nas eleições e não nos tribunais. Mas poucos quiseram perceber o subtexto das afirmações de Passos Coelho. O que o líder social-democrata veio dizer, preto no branco, foi que os resultados da economia portuguesa nos últimos trinta anos (porque não se chega tão baixo em apenas uma ou duas legislaturas) não se devem apenas a decisões incompetentes dos Governos, a maus investimentos, à estupidez dos governantes, à má execução das políticas ou às más políticas elas próprias, mas a actos que caem na alçada da responsabilidade civil e criminal e que devem, por isso, ser expeditamente encaminhados para a justiça.
(…) À hora a que escrevo (ontem de manhã) Passos Coelho ainda não se apresentou no Ministério Público com as provas dos actos de corrupção, de desvio de fundos, de peculato, tráfico de influências, corrupção ilícita para acto ilícito e ilícita para acto lícito, falsificação de contabilidade, roubo à mão armada e desvio de materiais de construção ocorridos nos últimos trinta anos e que justificam o estado a que chegaram as finanças públicas. Mas sabe-se que a documentação reunida pelos seus assessores enchem duas carrinhas comerciais e fontes próximas do líder social-democrata dizem ter visto documentos em papel timbrado de todos os ministérios, secretarias de Estado e direcções-gerais desde o 25 de Abril. Quem pensava que os discursos de Passos Coelho eram palavras sem consequência enganou-se redondamente. Passos Coelho não é parvo.’
2 comentários :
Passos Coelho não é parvo. Já o Malheiros...
UI uiuiui.AI a família ppd/psd que se ponha a pau.Se a justiça actuar,com efeitos rectroactivos,não vão chegar os juizes.O PPC põe-se a cuspir para o ar.....
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