sábado, dezembro 11, 2010

O euro e a crise

José Sócrates, em entrevista à TSF e ao DN, que tem continuação amanhã:
    Quem não percebe que o que estamos a viver é uma questão sistémica, que diz respeito ao euro, não percebeu nada desta crise. Se alguém acha que isto é um problema deste país ou daquele, não está a ver como a crise da dívida soberana está a afectar o euro! Isto é um problema de todos os países europeus e acho que devemos fazer o possível para o combater em conjunto (…).

    (…) há uma grande diferença entre o défice de 2009 e o défice de 2005 - em 2005 éramos o único país em défice excessivo e tínhamos o défice maior de toda a União Europeia...

    Não me arrependo, pelo contrário. Acho que a história económica só vai provar que fizemos aquilo que devíamos ter feito. Todos os países o fizeram. Em 2009, o que é que fizemos? Aumentámos a ajuda às famílias para que pudéssemos ultrapassar os problemas económicos que enfrentávamos, aumentámos as ajudas às empresas, ajudámos muitas empresas (…).

    Em 2009 havia uma razão para aumentar o défice, e uma boa razão, como disse aliás Paul Krugman num artigo muito célebre, "os défices salvaram o mundo". O que teria sido da nossa economia se não tivéssemos feito isso? É muito fácil fazer críticas quando os tempos são difíceis! É claro que todos os países enfrentam dificuldades, mas quando se fizer a história económica deste período perceber-se-á que Portugal fez aquilo que devia. Nós crescemos economicamente em 2010, por isso, acho que as nossas políticas foram as políticas adequadas. É claro, dir-me-á, “mas contava com esta segunda fase da crise, a crise da dívida soberana em toda a Europa?”, claro que não contava. Como não contava nenhum político europeu! Nós, no início deste ano, em 2010, no último Conselho Europeu, decidimos que a Europa tinha de continuar a dar estímulos à sua economia para a recuperação económica. A verdade é que a crise grega veio alterar tudo e a desconfiança dos mercados relativamente à capacidade dos Estados europeus em pagarem as suas dívidas obrigou toda a Europa, e não apenas Portugal, a mudar de política. A mudar de política e a concentrar-se numa redução mais rápida e progressiva do seu défice.

    E não é apenas Portugal, é Portugal, Espanha, Reino Unido, é França, é Bélgica, Itália, todos os países estão em processo de consolidação. Aliás, há uma diferença, se olhar para aquilo que nós estamos a fazer aqui em Portugal e olhar para as outras medidas que estão a ser tomadas noutros países, perceberá que a Concertação Social aqui em Portugal tem funcionado... e julgo que o País entendeu bem que este esforço tem de ser um esforço nacional e que não tem passado pela turbulência que outros países têm passado do ponto de vista social.

3 comentários :

José F.Silva disse...

Ouvi a entrevista, na minha opinião não entra na opinião publica.Tudo que foi dito já foi transmitido em episodios, ou no parlamento ou em alguma visita. As pessoas são massacradas pela oposição e pelos detractores profissionais,a toda a hora... Há que repensar a maneira de chegar aos portugueses para explicar-lhes com exemplos praticos o que aconteceu á Europa e a obra feita até esta data.Um exemplo: ontem um amigo,disse-me que leu o Livro de Maria de Lurdes Rodrigues,onde MLR diz que a percentagem de professores com tempo lectivo completo era de 1%. Eu que me sinto mais ao menos informado atirei para os 30%,fiquei estupefacto.perante estes numeros, agora entendemos melhor, as lutas travadas... Exemplos como este, valem mais do que mil palavras... Ao referir este caso, não tive nenhuma intenção de prejudicar os professores que hoje estão de também de parabéns pelos resultados Obtidos.Os deputados,têm que vir para o terreno juntamente com membros do Governo, e falar aos portugueses, olhos nos olhos mas já,não esperem pelas eleições.Nota: Nos Prós e Contras vamos ter o Celebérrimo António Barreto,o homem da reforma agraria que deu muitos frutos...e como não gosta da sua imagem refletida no espelho,também não pode gostar dos outros...Adriano Moreira,Barata Moura e e D.José policarpo. O pais saído das eleições já não existe para a RTP televisão publica.A pulhice está em marcha...

Banda in barbar disse...

falta de previsão

ou excesso de confiança

endividamento permanente

de resto aqueles 100mil de endividamento extra para dar de indemnizacion a uno tal motorista com ligações ao partido

caiu bem


lá por outros terem feito o mesmo

moralização ou pseudo-moralização

tinham dado melhor resultado

não digo um mea culpa

mas apelar ao voto de velhinhas não dá

é qwe a maioria não bota
abstenciunistas

os pulhas disse...

Se TI Socrates este País estaria mesmo mal, não vejo por aí politico com a sua visão para se ultrapassar este momento dificil em conjunto com os restantes Europeus. Só por maldade, inveja e má fé é que se continua a martelar que a culpa é do homem, francamente, só mesmo de mentes distorcidas e amorfas muitas delas vindas do passado...a noticia vinda da Rtp que o proximo (pros e contras) confirma bem o que digo.

A rtp está a prestar um grande serviço na limpeza da imagem, de muitos responsaveis que abraçaram as teorias ediologicas da desgovernança que nos conduziram á situação atual, e que agora aparecem como milagreiros e salvadores da Patria.
Uns sem vergonha.