quinta-feira, março 10, 2011

Ainda sobre o comício do PSD no Parlamento

    • José Medeiros Ferreira, «Carta de um velho a um novo»:

      Ramalho Ortigão, quando se encaminhava para o Integralismo Lusitano, escreveu em 1914 uma «Carta de um velho a um novo», em que defendia que a elite dos velhos devia inclinar-se perante a elite dos novos. A demissão começa em inclinações deste género.

    • Filipe Nunes Vicente, TIRO DE PARTIDA:

      (…) Como eleitor de Cavaco Silva, o que espero é coragem. Ou apoia o governo nas dificuldades que são comuns a outros países ou demite-o sem temer os resultados eleitorais. Não votei no Rassemblement Pour le Cavaquisme.

    • João Galamba, Magistratura activa:

    • Paulo Pedroso, As palavras do Presidente da ditosa pátria, nossa amada:

      (…) O primeiro Presidente da República eleito depois do centenário da dita, não teve na sua posse uma palavra para a sua implantação. Valha-nos Deus que também não louvou a monarquia!

    • Pedro Lains, O discurso do Presidente ou o futuro do Presidente:

      (…) este Presidente pode ainda deixar um importantíssimo legado à democracia portuguesa. Bastaria para tal "desaparecer", deixar as coisas andar interferindo em quase nada, nas questões fundamentais de soberania, de representação externa e pouco mais. Tudo o que viesse do Governo passava; nada de mensagens; receber sociedade civil com queixas, sim, mas sem trocas; discursos de circunstância; críticas a torto e a direito ou o contrário, conforme as suas vontades; nada de "soluções", "apelos", de apoios implícitos ou não a "manifestos", de apoios implícitos ou não às facções no PSD, etc, etc. Isso seria o melhor legado que Cavaco Silva podia deixar à democracia portuguesa.

      É que, já se viu algum país da Europa ocidental, pelo menos, com um Presidente cujos discursos marquem a agenda como por cá? Eu sei que isto por cá é semi-presidencial, mas isso é um resquício da República, do Estado Novo e do PREC. Agora que a Tunísia vai para a transição para a democracia, talvez seja tempo de nós irmos para a democracia plena.

      Claro que depois aqueles que se julgam "poderosos" - e que no fundo, no fundo, não o são e por isso é que falam tanto - ficariam sem um muro de lamentações, sem uma cortina parda. Precisamente. Teríamos um democracia melhor, pois essa gente teria de ir bater à porta dos partidos, sossegadamente (e não o contrário?).

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