Não deixa de ser curioso que, tudo espremido, a actual crise política tenha na sua origem o facto de o governo ter alegadamente ignorado os formalismos institucionais, e hoje, antes da reunião do Conselho de Estado, antes de Sua Excelência se pronunciar oficialmente sobre o pedido de demissão apresentado por Sócrates, já tenha sido cancelado o debate quinzenal e a cerimónia comemorativa do 25 de Abril. Formalismos, pois...
Depois de tentar um golpe com a inventona das escutas, até parece que agora a táctica para suspender a democracia - a amiga fugiu-lhe a boca para a verdade - passa pelo FMI.
Bem, isto agora, com ou sem Sócrates, e sem culpa exclusiva ou sequer maioritária dos últimos anos de governação, está mais na fase de «revolução dos cravas».
O problema, tal como o vejo, é que não há quem possa agir de outro modo, pela muito simples razão de não existirem modos de actuação muito diferentes que não conduzam a piores resultados a curto e a longo prazo.
5 comentários :
o desespero é tanto que a sic notícias já faz directos das idas do coelho à casa de banho
Não deixa de ser curioso que, tudo espremido, a actual crise política tenha na sua origem o facto de o governo ter alegadamente ignorado os formalismos institucionais, e hoje, antes da reunião do Conselho de Estado, antes de Sua Excelência se pronunciar oficialmente sobre o pedido de demissão apresentado por Sócrates, já tenha sido cancelado o debate quinzenal e a cerimónia comemorativa do 25 de Abril. Formalismos, pois...
Para já, já suspendeu o 25 de Abril.
Depois de tentar um golpe com a inventona das escutas, até parece que agora a táctica para suspender a democracia - a amiga fugiu-lhe a boca para a verdade - passa pelo FMI.
Como é costume dizer-se, AAC, quem tem cu tem medo. Mesmo demissionário... mais vale um Sócrates em gestão do que um Coelho em confusão.
Bem, isto agora, com ou sem Sócrates, e sem culpa exclusiva ou sequer maioritária dos últimos anos de governação, está mais na fase de «revolução dos cravas».
O problema, tal como o vejo, é que não há quem possa agir de outro modo, pela muito simples razão de não existirem modos de actuação muito diferentes que não conduzam a piores resultados a curto e a longo prazo.
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