- ‘Pedro Santana Lopes diz que se sente cada vez mais distante do partido. Porquê? Em primeiro lugar, por causa do oportunismo, do bando a que ele chama "técnicos de representação permanentemente disponível". Em segundo lugar, porque o PSD não pensa no que é importante para o país, mas no que interessa a "alguns que nele militam" (em nomes Santana infelizmente não fala ). E, em terceiro lugar, porque "os dirigentes" fazem "mais guerra a companheiros do que a adversários". Como condenação, ninguém até agora foi mais longe: nem companheiros, nem adversários. Mas Santana não parou aqui. Propôs também a substituição de Pedro Passos Coelho, eleito há poucos meses, por Rui Rio, garantindo que "o perfil de gestor austero, frontal e rigoroso" de Rui Rio iria com certeza "suscitar muito maior entusiasmo".
E esse "gestor austero, frontal e rigoroso" não perdeu tempo. Começou por recusar. E, a seguir, explicou que já não chega "trocar de Governo" para pôr fim à profunda "decadência" do país. Segundo ele, só uma clara "mudança" de regime nos pode salvar e, sem essa mudança, a bancarrota é certa. Pior ainda: este génio do Porto e candidato a salvador da Pátria não se coibiu de revelar que o Estado não tinha força, que a justiça estava pior do que "no tempo da ditadura" e que a própria democracia não era mais do que a expressão de uma vontade minoritária. Donde se depreende que pelo menos parte do PSD deixou de ser um partido pacífico e legalista e passou a ser um partido "revolucionário", com Rui Rio e Pedro Santana Lopes por chefes. Convém tomar nota e boa nota desta pequena metamorfose.’
- ‘Entretanto, Pedro Passos Coelho tenta aguentar as coisas e descobrir uma via média entre as dezenas de notabilidades que pretendem correr já com o PS e as que pensam que é melhor esperar até Outubro de 2012. O inevitável Luís Filipe Menezes, que vem sempre à superfície quando há sarilhos, pensa que o país precisa de um "refrescamento" eleitoral. Aguiar-Branco quer a "remodelação" de Sócrates, Ângelo Correia, com a sua famosa lucidez, concorda. Mas Pacheco Pereira pede que Sócrates governe até 2013. Rui Rio pede que não se precipite a "revolução". E Capucho hesita. De qualquer maneira, a guerra civil voltou ao PSD e a cada episódio - seja ele a megalomania de Santana e Rio ou a despropositada paciência de Pacheco Pereira - a maioria absoluta com que ele desde Cavaco sonha fica mais longe e duvidosa. Aquela é de facto uma agremiação de suicidas.’
2 comentários :
A velhota, calhando, até tinha alguma razão quando disse que "o melhor era suspender a democracia". Era bem capaz de ter em mente que, no partido onde milita, esse seria o procedimento a adotar, face à gula desordenada do poder e pelo poder. Falemos claro: Alguém conhece alguma ideia que o líder do PSD tenha "enunciado" que no dia seguinte não velha dizer que, afinal, não era o que queria dizer?
Quando voltarem um dia - que espero seja muito longo- ao poder e se não reciclarem aquela gente,será uma tragédia. Que nos livrem...
Escrevi um comentário num blog que ninguem lê chamado cavacoes. Se alquem quiser ter o trabalho de aceder agradeço. Entretanto achei um disparate e já me inscrevi no sapo, e já posso comentar aqui. Mas estou como o Campos e Cunha que depois de ajudar o Sócrates nas Novas Fronteiras a fazer o programa do Governo, incluindo as 5 linhas do TGV e o Aeroporto da OTA, deixado como herança pela dupla DURÃO/FERREIRA LEITE, deu-se como exausto ao fim de poucos meses, por não poder receber a pornográfica reforma de 8.000 Euros por ter trabalhado sem descontar 5 anos no BANCO DE PORTUGAL. Agora vejam o que sucedia ao Nogueira Leite mais a sua duzia de Administrações, como Presidente, vogal ou outra coisa se cai na esparrela de ir para Ministro. Assim lá foram buscar o dinossauro Catroga, que já tinha valido ao Cavaco quando este estava a dar o ultimo extertor no fim do Cavaquismo e ainda...podem encontrar-se na Aldeia da Coelha onde são vizinhos e cozinhar o Programa do PSD. E depois digam que as mulheres loiras são burras e não têm ideias.
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