domingo, março 13, 2011

A palavra aos leitores

Comentário de Fernanda Gomes, nesta caixa de comentários:
    Três/quatro horas de directo na RTPN (alguém quis saber do balúrdio que isto custa?), um pouco menos na TVI24 e menos ainda na SIC Notícias, além da desbragada propaganda prévia (não era "informação", mas pura propaganda)e dos resumos alargados,entrevistas, debates etc, etc.

    Muita gente sincera, sim, e respeitável. Porém, não faltou tempo de antena para os politiqueiros que contestam o sistema, mas que nele estão muito bem instalados.

    Não houve hesitação em repetidamente classificar de "histórica" a manif. Repetiu-se vezes sem conta o erro crasso em jornalismo de os entrevistadores induzirem as respostas aos seus entrevistados. Persistiu-se no disparate das multidões, quando era fácil calcular a sua dimensão com base na superfície ocupada.

    Depois de 40 anos de trabalho em jornais, é com enorme indignação que assisto à degradação do jornalismo que se faz - aí, sim, é que nos afastamos da Europa e dos E.U..

    Na verdade, são urgentes duas reformas de fundo: a da Justiça (a de Jorge Miranda, por exemplo) e Comunicação Social.

4 comentários :

Anónimo disse...

A geração rasca, ocupou as ruas e as televisões. Agora chama-se Geração à Reasca

Anónimo disse...

Olha, afinal no sábado não houve protesto. A agência noticiosa Corporativa, que tem as melhores fontes, não fala, é porque não houve. O país mantém-se ondulante, feliz e contente. Viva...

a.marques disse...

TRONCOS DE ÁRVORE NA CABEÇA
Queixaram-se muitos comentadores encartados verdadeiras aparas do sistema, entre outros mimos da falta de nexo e de precisão do manifesto e do irrealismo de alguns propósitos. Que raio de exigência para com a espontaneidade de um grito traduzido em impar, civilizada e exemplar manifestação colectiva de cidadania e civismo. Hipócrita preocupação, quando sistematicamente se deixam passar em claro as proposições manhosa das campanhas eleitorais vertidas nos programas partidários e das promessas governamentais sempre desmentidas pela prática. Esta gente, viciada e tolhida pelos ecos da voz oficial, olharam para a árvore e só viram tronco em bruto, não percebendo ou fingindo não perceber que a partir daí se podem escrever livros e esculpir obras de arte. Em vez disso quiseram atirá-lo ansiosamente para a fogueira do seu inverno cerebral. A grande lição passou-lhes ao lado, como a coisa simples de que a manifestação e representação política não pode impunemente continuar açambarcada pela exclusividade partidária.
A este propósito deprimente o debitar de Pedro Marques Lopes no Eixo do Mal, brilhante a participação de José Adelino Maltez em debate também na SIC. Desta vez os do poder e redondezas não tiveram que pagar ajutocarros (á nossa conta) para arrebanhar pessoas para os seus ajuntamentos.

vf disse...

Essa "reforma" seria no sentido de só se escrever laudas ao Líder, suponho. Que cambada ordinária de gente que vocês são.