- • A.R., 4 a 1:
‘Depois da votação de hoje na Assembleia da República ficámos a saber mais sobre a governação futura? Não.
Depois da votação de hoje na Assembleia da República ganhámos credibilidade internacional? Não.
Depois da votação de hoje na Assembleia da República melhoraram as condições para ultrapassar a crise? Não.
Depois da votação de hoje na Assembleia da República consolidou-se a identificação do País com o seu Presidente da República? Não.
Depois da votação de hoje na Assembleia da República aumentaram as probabilidades do Partido Socialista vencer as próximas eleições? Sim.’
• Helena Garrido, Em plena crise financeira...:
‘... o Parlamento derrubou o Governo. (…) Adiámos os remédios, vamos tomá-los em dose maior.’
• Paulo Pedroso, O pecado capital dos intelectuais:
‘António Barreto tem uma dimensão intelectual e um passado político que o devia preservar da febre momentânea e da cegueira. Dizer que os socialistas gostam de bater nos fracos, nos frágeis não é apenas uma mentira histórica, que a análise das grandes etapas da formação do Estado social desmentem, é uma cedência à tentação de dizer o que os amigos querem ouvir, que é o pecado capital dos intelectuais. Tenho pena de ver um homem com a sua dimensão reduzido a algo entre intelectual orgânico do PSD e empregado de um grande grupo económico que não gosta de Sócrates. Não havia necessidade e ele merece melhor estatuto do que estas frases banais, infelizes e falsas.’
• Pedro Adão e Silva, Um ataque de Zombies:
‘Acabei de assistir a um seminário em que Daniel Drezner apresentava o seu último livro - 'Theories of International Politics and Zombies'. Num registo provocatório, Drezner faz um exercício intelectualmente estimulante: prever como é que as vários teorias dominantes das relações internacionais lidariam com um ataque de Zombies. Uma ameaça crescente, comparável a muitas outras que enfrentamos. Durante a conferência, temi que acontecesse o que sucedeu a semana passada quando David Cameron (o outro), enquanto discorria sobre os bloqueios do euro, perguntou se havia algum português na sala. Na altura, hesitei, mas acabei por timidamente levantar a mão, o que me obrigaria a explicar em pouco tempo a 'especificidade nacional'. Se Drezner tem perguntado se alguém conhecia um ataque em curso promovido por Zombies, eu, hoje, seria obrigado a levantar a mão, dando o exemplo de Portugal.’
• Tomás Vasques, A santa aliança:
‘(…) As declarações da senhora Merkel, de Durão Barroso e do comissário europeu para assuntos económicos, depois da reunião de Bruxelas, na sexta-feira passada, são todas elas favoráveis aos esforços do primeiro-ministro. Nestas circunstâncias – esta modalidade «suave» de ajuda externa alcançada por José Sócrates – o principal objectivo de Passos Coelho podia-se gorar: a intervenção do FMI em Portugal e que seja este a exigir o que Passos Coelho pretende, mas sabe que o PSD nunca terá condições políticas para impor: elevados cortes nas despesas do Estado nas áreas da Saúde e da Educação, alteração radical das leis do trabalho e redução dos encargos com a função pública, com consequentes despedimentos. Passos Coelho sabe que só um país de corda ao pescoço, na bancarrota, aceitará a sua proposta de revisão constitucional e as suas «reformas estruturais» de cariz liberal. Por paradoxal que pareça, o PCP e o BE morderam o isco e foram a reboque da estratégia do PSD. A direita mais dura aceitou a «santa aliança» com uma palmadinha nas costas dos comunistas e bloquistas. Estes, para aliviarem as consciências, lá vão dizendo: «PS e PSD são a mesma coisa». Talvez os portugueses, mais uma vez, achem que não.’
• Valupi, Ele não nos vai falhar:
‘Passos Coelho promete ir à raiz dos problemas. Vão ser momentos maravilhosos.’
1 comentário :
DE ACÁCIO LIMA
Finalmente o "Cãmara Corporativa" coloca os pontos nos "ii" no dilante e perverso "suiço" António Barreto, e anoto o "suiço", pois os ares da terra fizeram muito mal a outros, também.
Saudações de
ACÁCIO LIMA
Enviar um comentário