domingo, abril 03, 2011

Um caso de falta de vergonha


Incompetência ou desonestidade?
Não é possível imaginar o trabalho de um jornal, com a sua cadeia hierárquica, totalmente dominado pela incompetência. Pelo que aquilo que o Diário de Notícias apresenta hoje na sua página 2 - com título na primeira - só pode resultar de pura desonestidade e serventilismo cego a uma causa política.
Diz o DN que, após a demissão, a 24 de Março (que só se torna efectiva após a aceitação pelo PR, a 31 de Março, mas isso é irrelevante para o caso em análise), o Governo fez 85 nomeações e 71 promoções.
Para tanto, o DN consultou o Diário da República (II Série) dos dias posteriores ao dia 24, onde encontrou os tais 156 casos.
Se o DN tivesse feito essa consulta com honestidade, facilmente teria constatado aquilo que é óbvio - os despachos de nomeação e promoção (também há muitos de exoneração...) são ANTERIORES a 24 de Março e foram publicados, COMO É HÁBITO, umas semanas depois. A data está lá impressa, bem visível, nos despachos.
Dois exemplos, das nomeações referidas pelo DN e publicadas após 24 de Março:


Os partidos até podem dispensar-se de fazer "campanha sujas", quando os media se prestam a fazê-las em nome deles.

7 comentários :

Anónimo disse...

Ninguém mete estes gajos, travestidos de jornalistas, em Tribunal?

Anónimo disse...

São uns santinhos... o governo, quero dizer...

Von

Anónimo disse...

Pasquins destes não deviam existir.É uma vergonha!Vendem-se por um prato de lentilhas.E o Von é outro que quer esconder estes aldrabões.Tenham vergonha!!!!!!

Anónimo disse...

Covenhamos que informação desta também não atesta á santidade dos jornais, Sr Von...
E a falta de santidade de ums não justifica a dos que se dizem detentores da verdade mas que no fundo a manipulam como bem lhes apetece.Só é pena que quem se arma em defensor da moral e boms costumes tenha uma pala nos olhos quando se trata das suas "damas"

Anónimo disse...

Eu por acaso nem acho que sejam santos (muito longe disso), mas o caso em questão parece-me relativamente claro: jornalismo de pasquim, num jornal que devia ser de referência.

Teófilo M. disse...

Acho interessante este artigo do DN pois é a prova cabal da seriedade do jornalismo deste país.

David Elói disse...

Caro João Magalhães:

O que escreve é ainda mais grotesco se tivermos em conta que as ditas nomeações de adjuntos e directores-gerais cessam quando um governo cessa funções.
Portanto, quando o jornalista do DN deixa implícito que isso é irreversível, ele está simplesmente a mentir.