sábado, abril 30, 2011

Viagens na Minha Terra

    • João Galamba, Brincar com as palavras:

      Como Miguel Relvas disse, os portugueses fogem do PSD quando este partido diz a verdade. Deve ser por isso que Passos Coelho gosta de brincar com as palavras. Vejamos dois casos paradigmáticos.

      1) Na semana passada foi o plafonamento da segurança social, que o líder do PSD resolveu apresentar como uma medida que visa acabar com as pensões milionárias. Ora, não só já existe uma limitação das pensões (12 IAS), como o plafonamento não é uma medida que visa limitar as pensões. Em bom rigor, o plafonamento pretende retirar do sistema salários acima de x, isto é, limita o valor das pensões, no futuro, e o das contribuições, no futuro e no presente. Independentemente dos juízos sobre a justiça desta proposta, ela tem custos de transição elevadíssimos, pondo em risco a solvabilidade do sistema. Mas o problema não é só que no longo prazo estamos todos mortos, é também o efeito redistributivo desta medida - no curto, no médio e no longo prazo. Dizer que salários a partir de x deixam de contribuir para o sistema de segurança social, implica um enfraquecimento da sua dimensão redistributiva, enfraquecendo a dimensão de solidariedade colectiva, intra e inter geracional, do actual sistema de segurança social. (…)

      2) Passos volta à história do Estado regulador vs. Estado prestador, desta vez para falar do SNS. E, uma vez mais, decide brincar com as palavras, dizendo que o Estado não tem de ser o único prestador de serviços de saúde. Em si mesma, esta frase não significa nada, pois limita-se a constatar uma evidência: o Estado não é nem nunca foi o único prestador de serviços de saúde. Mas concordar com a existência de prestadores de serviços de saúde privados não implica que se defenda o fim da saúde universal e tendencialmente gratuita como ela existe hoje no SNS. Defender esta revolução - sim, revolução - implica dizer-se mais ou menos o seguinte: o PSD não concorda que o SNS deva ser financiado por impostos progressivos (de cada um de acordo com as suas possibilidades) e que a prestação de serviços seja universal e tendencialmente gratuita (para cada um de acordo com as suas necessidades). (…)

    • António P., Abaixo de cão
    • A. Teixeira,
    O PAPAGAIO DE CASTAFIORE
    • Filipe Nunes Vicente,
    E PORQUE NÃO?
    • João Galamba,
    Pôr as coisas em perspectiva
    • João Lopes,
    Para acabar com o 25 de Abril
    • José Ferreira Marques,
    Reprovados
    • JSC,
    Velhas Ideias carrapatosianas
    • O Jumento,
    Jovens, processem o Cavaco e o Catroga!
    • Paulo Pedroso,
    Suspensão inconstitucional da avaliação de docentes:uma nódoa no Parlamento
    • ricardo schiappa,
    mais valia estarem calados...
    • Susana Barros,
    Soares, Passos Coelho e União Nacional
    • Tiago Tibúrcio,
    Então o TC declarou inconstitucional "uma escolha política clara do Parlamento"?
    • Valupi,
    Perguntas simples e Relvas, o Educador
    • Vital Moreira,
    Um golpe frustrado

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