• O risco da senilidade precoce no Bloco:
- ‘A recusa de se encontrar com a “troika”, um acto de radicalidade inteiramente estúpida, foi a demonstração acabada da forma bloquista de se remeter para as margens do jogo político, comprometendo-se na representação da duplicidade democracia/revolução. O Bloco ao querer parecer-se com o PCP perde o apelo da sua marcha de identidade que foi o seu principal património eleitoral, o que liquida o seu papel de depósito de votos volantes (descontentes, de protesto) dos incapazes de hierarquizarem os valores da justiça social e da liberdade. Têm, naturalmente, o direito a sonharem integrar uma “CDU +”. Mas na hora de pedirem contas pelos efeitos do voto útil, não se devem esquecer que há sonhos que matam a vida. Na medida em que a tornam senil sob a forma de doença precoce.’
- ‘Ouvi o discurso de Louçã no congresso bloquista. Considero um equívoco total a focalização do odioso político-eleitoral em Sócrates. Quando o PSD diz que quer fazer no governo muito pior que a troika, o ordenamento dos alvos do combate não pode deixar de ter isso em conta, não pegando a teoria dos “três iguais” (PS, PSD, CDS) e muito menos uma hierarquização de culpas de pendor essencialmente anti-socialista (exactamente onde se situa o eleitorado flutuante PS/BE, um segmento muito sensível ao apelo do voto útil).’
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