quinta-feira, junho 23, 2011

Discurso sobre o método




Passou algo despercebida, mas vale a pena observar a forma como Passos Coelho conduziu a escolha do ministro da Saúde. O primeiro convite seguiu para Isabel Vaz, a gestora da Espírito Santo Saúde que saltou para a ribalta quando reconheceu na televisão que “melhor negócio do que a saúde só mesmo a indústria do armamento” (cf. o vídeo supra). Convite declinado, Passos Coelho lançou as redes a Paulo Macedo. A uma recusa deste vice-presidente da Médis seguir-se-ia um convite a um administrador da José de Mello Saúde?

Quando Passos Coelho diz querer esfaquear emagrecer o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e “dar asas” à saúde privada, o método de escolha do ministro da saúde é, no mínimo, curioso. Não são as pessoas que estão em causa, mas o perfil esboçado aponta para alguém que conheça as aspirações e os problemas do sector privado da saúde e que seja capaz de fazer uma gestão global desses interesses, de modo a que a transferência dos nacos mais suculentos do SNS se faça em boa ordem.

2 comentários :

praianorte disse...

Agora destaca-se a existencia de condições politicas,associando, sem vergonha nenhuma, o PS as condições atuais, falam até em 85% de base social, quando antes negaram o apoio ao PS na aprovação do PECIV empurrando o Pais para as mãos do FMI.A direita é a negação de credibilidade e não deve ser merecedora da nossa consideração poltica, porque me enganou

Olimpico disse...

Oh "Praia Norte" tomo boa nota....
A direita o enganou...? Quem é de esquerda, ou se diz de esquerda, não pode ser enganado pela dirteita...digo eu....