domingo, agosto 28, 2011

A elasticidade da moral


— É o que eu lhe digo, Sr. Ministro, depois
da propaganda, só nos resta a lei da bala.


O chamado caso António Figueira não muda felizmente o curso da história. Mas tem a sua graça, porque a promíscua cambalhota foi dada precisamente por alguém que só saía da penumbra para desferir ataques de carácter e se recolhia de imediato à trincheira.

Já o apoio generalizado (por actos e silêncios) que Figueira recebeu no 5 dias tem alguma importância. Não apenas demonstra que a política a que se convencionou apelidar de “coligação negativa” não era uma invenção de um governo em apuros como põe em evidência que a tradição já não é o que era: a (superioridade) moral dos comunistas militantes do PCP tem uma elasticidade que se desconhecia. Não é evidentemente o fim da história, mas é o fim do 5 dias, embora a histeria grotesca do camarada Vidal faça crer que ainda não lho comunicaram.

5 comentários :

Luis disse...

Sobra sempre para o PCP mesmo quando não houve a participação de ninguém do PCP.

Anónimo disse...

....só saía da penumbra para desferir ataques de carácter e se recolhia de imediato à trincheira."


Não fosse o Figueira o controleiro mor.

chacal disse...

Comunistas são gente sem espinha, vendem-se por qualquer preço, ou não sejam eles fieis a uma ideologia macabra, exploradora e assassina. O comunismo está a nivel superior a todo qualquer ismo.

Anónimo disse...

o camarada vidal é o "Édipo do Montijo"?

Anónimo disse...

e a fotografia do visado é pública ou foram-na buscar aos arquivos da pide?