Chama-se Paulo Óscar Pinto de Sousa, é, alegadamente, procurador da República e foi proposto para a presidência do Conselho de Fiscalização da República Portuguesa pelo PSD. Foi ouvido ontem na Assembleia da República, será eleito hoje se a falta de senso prevalecer e, nesse caso, ainda iremos ouvir falar muitas vezes dele.
Na audição, as suas respostas variaram entre o puro dislate e a mais supina ignorância, demonstrativa de que nem sequer se deu ao trabalho de ler as leis do sistema de informações que se dispõe a fiscalizar. Vindo de um magistrado do Ministério Público, tudo isto é extraordinariamente preocupante.
Passo a palavra a Pinto de Sousa:
Questionado sobre a utilidade de um período de nojo que impeça que elementos dos serviços de informações de ir trabalhar para qualquer empresa no dia seguinte ao do abandono do sistema, Pinto de Sousa disse logo, pressuroso, que isso poderia ser inconstitucional, por violar o direito ao trabalho. Ficamos, portanto, a saber que os membros do Governo, logo que saiam do cargo, podem bater à porta das empresas com as quais se relacionaram enquanto membros do Governo. Pinto da Costa dixit.
Questionado sobre a fusão dos serviços de informações, medida que consta do programa do PSD, mostrou-se completamente “distraído”. Mas, para a troca, logo propôs, de forma expedita e irresponsável, a integração da divisão de informações militares nos serviços de informações, algo que nunca aconteceu nem foi proposto, porque os serviços de informações têm uma natureza forçosamente civil, quer produzam informações de segurança, quer produzam informações de defesa.
Perguntado sobre as relações do sistema de informações com as empresas estratégicas, Pinto de Sousa disse alegremente que nunca tinha pensado no assunto. Este sono dos “justos” é deveras pesado, tendo em conta o que tem estado na berlinda desde há meses, por razões sobejamente conhecidas.
Por fim, questionado sobre as suas motivações para aceitar ser indigitado para um cargo de responsabilidade, explicou que não tinha motivações nenhumas.
Para além de todos estes disparates, Pinto de Sousa brindou os deputados com algumas inovações linguísticas dignas de um tal Armando Coutinho da telenovela Laços de Sangue. Como num momento mágico, precisamente a propósito da integração da divisão militar nos serviços de informações, falou na conjectura (exactamente assim) de dificuldades que o país atravessa… Temos homem!
PS — Terá a remuneração de dois mil euros, acumulável com qualquer outra, algum valor motivacional neste caso?
12 comentários :
Tanta burrice é demais. Onde é que terão ido descobrir esta "avis rara"?
estão um bocadito atrasados
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/arlamento-chumba-paulo-oscar-pinto-de-sousa-para-o-conselho-de-fiscalizacao-das-secretas-1516508
Pinto de Sousa? É familiar do José Sócrates?
Chumbadíssimo !
Ver:http://www.tvi24.iol.pt/politica/secretas-fiscalizacao-das-secretas-paulo-oscar-pinto-de-sousa-parlamento-fiscalizacao-tvi24/1289233-4072.html
Chiça! Admira que ainda ninguém tenha "descortinado" "semelhanças" deste Pinto de Sousa com o "culpado disto tudo", Sócrates!!! Onde anda o Correio da Manha assanhada?
Foi à vida. http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2057338.
Aleluia!
os gajos que o propuseram tamém podiam ir à vida
Foda-se, este luis lavoura é burro que nem uma porta, em todos os blogues onde vejo comentários dele, é só comentários de merda, e é este merdas jornalista. Bem, hoje em dia qualquer calhau com olhos é jornalista. Vê lá se adoptas uma atitude inteligente, CALA-TE burgesso de merda.
Oh Luis Lavoura!! perguntar quem é PINTO DE SOUSA, é natural, até os partidários do grupo que o candidatou, não votaram nele...
Mas, perguntar se ele é familiar de Sócrates.....nem a Pide ....com a intenção que o Cavalheiro o faz....
Cps.
O Paulo Óscar, como é conhecido no meio, tornou-se no Fernando Nobre do Ministério Público.
Era ou foi uma estrela cadente.
O comentáriozinho de insinuação demonstra bem a qualidade ( neste caso falta dela) e inteligencia do discurso dos ppds.Para poder de argumentação vai lá vai, que génios!
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