Vale a pena ver esta intervenção de Daniel Cohn-Bendit, no Parlamento Europeu, sobre a “ajuda” à Grécia [via Francisco Proença de Carvalho]. Eis duas passagens da intervenção:
- ‘O que estamos a pedir ao Governo de Papandreou é algo quase impossível de atingir. E eu peço ao Ecofin e aos chefes de Governo que reflictam se eles mesmos são capazes de fazer nos seus próprios países reformas como as que estamos a pedir à Grécia. Quanto tempo seria necessário para reformar o sistema de pensões na França? Quanto tempo necessitaria a Alemanha para alterar as suas pensões? E agora estamos a pedir a Papandreou que mude tudo em três meses. Vocês são completamente loucos. Totalmente irracionais. E a prova disso é o que agora se está a passar na Grécia. Nós não estamos a dar a Papandreou nem à Grécia o tempo necessário para encontrar uma solução de consenso.’
‘E agora queremos ganhar dinheiro à custa dos gregos. Porque é disso que se trata! A nós emprestam-nos dinheiro a 1,5% ou a 3% e nós emprestamos à Grécia a 3%, a 5% ou a 6%. Estamos a fazer negócio à custa dos gregos e isso é inadmissível.’
4 comentários :
Aqui temos o noso jovem do Maio de 68!
Continuo a admirar as suas ideias desassombradas, coerentes e verdadeiras...
O mundo está horrível. São pessoas como esta por que ainda vale a pena acreditar nalgum futuro mais promissor...
Esse rapaz do meu tempo nunca me enganou! Sempre fiel a si mesmo.
Grande DCB! Um rapaz de tomates e com eles no sítio!
Se o conceito vergonha na cara ainda existesse entre os politicos europeus todos eles estariam de olhos baixos e costas curvadas depois de ouvir uma destas.
Infelizmente, vergonha na cara é coisa do passado , o dinheiro fala mais alto e vai continuar a falar por mais algum tempo...
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