sábado, novembro 26, 2011

“É isto que queremos ou está a escapar-me algo?”

• Nicolau Santos, QUE MODELO SERÁ O NOSSO:
    ‘As análises são unânimes: Portugal tem uma fraca competitividade. Por isso, a agenda de transformação estrutural da economia portuguesa encetada pelo Governo (que inclui a transformação estrutural do Estado e reformas ao nível de funcionamento da economia, como o programa de privatizações e a flexibilização do mercado de trabalho palavras de Vítor Gaspar) visa resolver até 2014 esse problema. Ora se analisarmos os sinais e as decisões pode concluir-se que: 1) O Estado vai encolher e as suas funções serão fortemente reduzidas; 2) Os salários dos funcionários públicos e as prestações sociais serão fortemente atingidos; 3)0 sector privado seguirá essa orientação; 4) Várias das privatizações incidem sobre empresas que são monopólios naturais ou que têm uma posição significativa no mercado; 5) As mudanças laborais vão todas no sentido de tornar mais precárias as relações entre trabalhadores e empresas. O resultado de tudo isto é que teremos um exército de mão de obra bastante mais barato; os melhores emigrarão; posições públicas dominantes nos mercados passarão a ser privadas. Ora o modelo económico que daqui sai é certamente mais competitivo, mas por via dos salários baixos não pela inovação ou criatividade. É isto que queremos ou está a escapar-me algo?’

4 comentários :

Teófilo M. disse...

Como sempre, toca na ferida. O que querem fazer deste país é a China europeia, com uma oligarquia dominante e o resto dos camelos escravizados a trabalhar.

sepol disse...

Nós não queremos isso mas para lá caminha, e por culpa de quem, de quem?
Do zépovinho que votou na direita todo contente, isto está a acontecer porque como eu digo e repito - quem vota é quem limpa o cú aos jornais e não quem os lê - fim de citação.

salamoedo disse...

Não será porventura o que queremos. Mas será porém o que temos...

Anónimo disse...

É sim, Seguramente, o que alguns querem. Os mesmos de sempre, os que perderam em Abril e que nunca se conformaram1

E agora querem voltar ao 24, não é? Mas nós dar-lhes-emos um belo e inesperado 24 pelas trombas: o de Novembro.