sábado, novembro 19, 2011

Merkel & Passos, a mesma luta: “uns indisciplinados estes povos do sul”

• Pedro Adão e Silva, Ir para além da Merkel:
    ‘Movido por voluntarismo ideológico, o Governo anunciou que iria além da troika. Nos próximos anos, o aprofundar da recessão encarregar-se-á de demonstrar a dimensão do erro. Entretanto, como se não bastasse, o primeiro-ministro resolveu expor a sua doutrina sobre o papel que o BCE deveria desempenhar na resolução da crise. Para Passos Coelho, o BCE deve limitar-se a fazer o que tem feito, ou seja, praticamente nada, permitindo, pelo caminho, que a espiral contagiosa da crise da dívida soberana se tornasse imparável. A alternativa – transformar-se num verdadeiro banco central e funcionar como financiador de último recurso – seria, para o primeiro-ministro português, dar “um péssimo sinal aos países indisciplinados”. Fica claro: depois de ir para além da troika, Passos Coelho optou por ir além da senhora Merkel e da visão alemã sobre a natureza moral da crise.

    A posição do primeiro-ministro representa uma divergência estratégica com o Presidente da República, que tem insistido na posição contrária. Mas, convenhamos, a discordância entre as duas principais figuras do Estado está longe de ser o aspeto mais inquietante. O que é preocupante é termos um primeiro-ministro com uma posição que não defende o interesse nacional, nega o carácter sistémico da crise da zona euro e insiste na sua natureza moral (“uns indisciplinados estes povos do sul”), enquanto se opõe às alterações necessárias na arquitectura do euro.

    É assustador descobrir que Passos Coelho está convencido que é possível solucionar o problema português com ajustamentos austeros não acompanhados por uma intervenção radicalmente diferente do BCE e uma política orçamental expansionista nos países com excedentes na balança de transacções correntes. Prosseguir neste caminho é insistir no pré-anúncio do fim do euro.’

4 comentários :

good churrasco ó auto de café.... disse...

ganhar tempo até 2012

ou aumentar a dívida à madeirense?

eu cá acho que o funcionalismo devia ter aumentos de 5%

os reformados outros 5 ou 6%

Quando vier o escudo logo os aumentamos a 50 ou 60%

ainda há-de haver gente com saudades da inflação soarista
(o gajo que pôs mínimos nos grandes salários mínimos
quanto maiores eram menos se comprava

é o Paradoxo económico Soarista
(austeridade para maçons? jámé...

good churrasco ó auto de café.... disse...

Votre Debt a été enregistré. Il sera visible une fois que le merckel de service olhe pra ela.

Assassiné:mon ami Mid Enterrand'u

sepol disse...

O PC está como o burro do almocreve a seguir a cenoura na frente do nariz!

João das Regras disse...

Cautela, que a ralé selvagem (Beleza, Duque, Todo Bom, Bento e mais uns quantos suínos) anda a ver se pega a tese da contracção brutal da economia.
Já conseguiram lixar salários aos "chulos da AP", aumentar impostos, cortar cegamente (mas as tais de "gorduras" continuam desaparecidas em combate), agora só falta transformar-nos a todos em pobres "tout court".
Atenção aos Média nas próximas semanas, que eles "andem" aí a ver se a bomba atómica económica pega.



Paredão seria pouco.