- 'A discussão do OE2012 morreu. Viva a discussão do OE2012. Quatro factos novos surgiram entretanto:
i) O primeiro-ministro reconheceu que havia um excedente de 3000 M€ na execução orçamental de 2011
ii) As contas do INE relativas à execução orçamental de 2011 põem a nú a estratégia do desvio colossal do Governo. As Remunerações caem 6,9% no acumulado dos 3 primeiros trimestres e o Consumo final cai 8% no mesmo período. O valor do carry-over de 2011 para 2012, que nunca tinha sido justificado pelo Governo, é desmentido pela realidade da execução
iii) Antes da promulgação do OE é anunciado um orçamento rectificativo;
iv) É descoberto o documento "linha de comunicação relativamente aos valores dos défices orçamentais de 2011 e 2012". Repare-se que já não estamos na óptica das finanças públicas mas da maquilhagem da realidade para português ouvir. O primeiro aspecto a discutir é este: o documento que o Ministério das Finanças distribuiu aos colegas do Governo não é sobre a realidade das contas públicas ou sobre os necessários ajustamentos (para tal haveria outro documento), mas tão só uma tentativa de domesticar informação que pudesse ameaçar a narrativa do Governo.'
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