"O caminho português é inutilmente radical"

• Editorial de hoje do Público:

‘(…) se estivermos a falar numa tendência para reduzir despesas nos operadores públicos de media. Mas nem em Espanha nem no Reino Unido os cortes implicaram a alienação de um canal público [de televisão]. E em nenhum destes dois países se avançou para um corte orçamental como o que está pensado para Portugal, onde o orçamento da RTP deverá, em princípio, diminuir de 308,6 para 150 a 180 milhões de euros. Acresce a isto que o Governo não quer publicidade no canal público que sobreviver, apesar do corte orçamental draconiano. Os operadores públicos não podem ficar imunes à contenção da despesa do Estado e os cortes são indispensáveis. Mas podem ou não ser feitos com bom senso. E estes exemplos europeus evidenciam como o caminho português é inutilmente radical.’