- ‘Rui Rio governou o Porto com os olhos postos no país e em particular na corte política lisboeta. Menezes dirigiu Gaia obcecado com a sua reputação no Porto. A História ajuizará dos seus méritos enquanto autarcas.
Curiosamente acabam por encontrar-se tendo como pano de fundo a invocação dessa entidade que vagueia entre a realidade estatística e a pretensão metafísica a que, por convenção, designamos por Norte. Rio parte para o seu destino incerto sem cumprir a sua última aspiração - falar em nome de uma região que descobriu tardiamente. Menezes procura colocar a disputa da presidência da Câmara do Porto sob a égide de um confronto simbólico pela liderança da região norte. O populismo regionalista vai andar por aí à solta.
A assistir a tudo isto está alguém cujo nome deve começar a ser fixado - Manuel Pizarro. Inteligente, dotado de uma inexcedível capacidade de trabalho, conhecedor profundo dos grandes dossiers municipais e metropolitanos, ele vai fazendo o seu caminho. Não é um puritano, nem um exuberante. Tem, entre outras, uma pequena vantagem - chega-lhe ser presidente da câmara da sua cidade, não aspira a ser o vice-rei quimérico de uma entidade inexistente.
Há duelos em que morrem os dois contendores. Ainda bem que há um terceiro, que daqui a menos de dois anos pode ser o primeiro.’
3 comentários :
Por acaso as populações de Gaia e do Porto em sucessivas eleições têm dado a maioria absoluta aos projectos encabeçados por estes dois srs, tudo resto é folclore e dor de corno socrático.
Haja topete jovens assessores/especialistas/arrastadeiras das 03:12:00 PM. Será que tudo é resultado dos socráticos? Não é que o homem, mesmo em Paris, é omnipresente!
Este blogue está repleto de dor de corno socrática. Dia 5 de Junho a feriado já!
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