sexta-feira, março 02, 2012

O mundo muda mesmo


Frasquilho com o Moedinhas a espreitar


Durante anos, ouvimos Miguel Frasquilho a agoirar com a situação das finanças públicas. Espírito de contradição, vem agora mostrar um optimismo que ninguém descortina (nem os research de um banco seu conhecido).

Na página 14 do caderno de Economia do outrora luminoso Sol, Frasquilho vem defender a sustentabilidade da nossa dívida pública. Para tal, argumenta que o FMI diz que a dívida pública pode regredir até 74% do PIB em 2030 e que mesmo numa versão pessimista deve cair para 121%. Pretende assim demonstrar com um gráfico com três linhas descendentes que estamos no bom caminho.

O problema são as perguntas a que não respondeu:
    1. A questão mais genérica e teoricamente mais intrigante é por que considera que 121% dívida pública até daqui a 18 anos é sustentável?
    2. A questão mais financeira prende-se com a forma como o país pagaria mais de 11 mil milhões de juros por ano, se aplicasse, por exemplo, as taxas da da troika? Dito de outra forma: que impostos iria agora o Governo aumentar para suportar ano após ano esta renda?
    3. A questão mais conjuntural é se alguém, da União Europeia às agências de rating, olha para 2030 para decidir as opções da crise da dívida soberana de 2010-2012?
Segundo Frasquilho, isto está a correr bem, já só faltam 18 anos e alguém que nos pague os juros, entretanto.

5 comentários :

Anónimo disse...

o frasco é mais espírito santo d'órelhas.

Anónimo disse...

O nome dele devia ser o Fresquinho.
Off topic:
Quem é que a rtp podia convidar a esta hora para discutir o clássico ?
adivinharam!
Carlos Abreu Amorim e Nuno Melo.
Devem jantar por ali e depois aproveitam para passar a noite na RTPI a discutir politica e depois novamente o classico (rescaldo) e mais à noite talvez a seca e as perspectivas de chuva para este fim de semana.
Ainda falam do Chavez...

Anónimo disse...

frascalho sounds better

João das Regras disse...

O Frasquilho é o típico oportunista e hipócrita da política portuguesa. Porquê? Porque quem critica abertamente o Governo na AR, em particular o ministro das Finanças de então, Teixeira dos Santos, mas como consultor do Banco Espírito Santo concorda em absoluto com as medidas do ministro/Governo de então, só pode ser isso mesmo, um hipócrita e um oportunista.

S. Bagonha disse...

Mais um pequeno bandalho que cresceu à sombra da Ferreira Leite.