quarta-feira, março 14, 2012

‘A tia velha que importa respeitar nas cerimónias de família mas que não se ouve nas decisões diárias da árdua agenda orgulhosamente além da troika”

Eduardo Cabrita, Cavaco, o Rancoroso:
    'Cavaco é a permanente negação da cultura do debate democrático. É o mais antigo político profissional, a caminho de 20 anos entre Belém e S. Bento, sempre fingindo estar de passagem, por sacrifício e com desdém da vida pública. Pai do monstro da despesa pública no maná dos fundos europeus, disserta professoralmente sobre a boa e a má moeda com a sobranceria de quem diz nuncase enganar.

    Reeleito com a menor maioria de sempre, foi medíocre na noite da vitória quando seria simples ser magnânimo. Na tomada de posse, fez um discurso partidário e paroquial sobre as causas da crise que abriu caminho à queda do Governo e à negociação da ajuda externa em condições de máxima fragilidade política.

    Realizado o velho sonho de direita da hegemonização do poder, Cavaco não disfarça o mal-estar por a nova direita liberal não lhe reconhecer o primado histórico. É tolerado como uma tia velha que importa respeitar nas cerimónias de família mas que não vale a pena ouvir nas decisões diárias da árdua agenda orgulhosamente além da troika.'

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