Todos não somos de mais para o ajudar a terminar com dignidade o mandato

O Comendador Marques Correia percebeu o que está em causa. Amanhã, na revista do Expresso, “revela que num fim de tarde escreveu, com desvelo, todos os roteiros do Sr. Presidente” até 2016. Uma intromissão no computador do Presidente da República permite-nos antecipar os esboços dos próximos prefácios. Eis uma passagem:

“(...) se a coisa correr mal, lembrarás os avisos ao primeiro-ministro; caso corra mesmo muito mal, lembrarás que Passos Coelho não te avisou que a coisa ia correr mal e ficará para a história por isso, porque de resto, a história, entre 1985 e 2016 só há de falar de ti (e talvez do senhor Pinto da Costa). Este é, pois, o panorama para o próximo ano. Passemos, assim, a 2014. Daqui a 24 meses, tens duas hipóteses: ou Passos Coelho ainda governa, ou já não governa Caso ele governe é porque se aguentou, obviamente ajudado por ti e pelos teus avisos que foram muitos e — como dizer? — avisados! Na hipótese de ele já ter caído e o pais estar numa crise política enorme, à beira de sair do euro, recordo-te que não é nada que tu não tenhas previsto quando disseste que a austeridade pela austeridade, sem crescimento, era um caminho insustentável! Aliás, quando disseste isso, nem sei como não houve um levantamento popular... mas a verdade é que este povo é muito distraído. E assim fechas 2014.”