A selvajaria social não é apenas a que resulta do aumento brutal da TSU para os trabalhadores e da sua redução para os empregadores; esta roubalheira, para tornar Portugal num país de (ainda) mais baixos salários, exige a concretização de uma outra medida que o Governo omite por enquanto: o congelamento dos salários nominais por muitos e bons anos. Quem levanta a ponta do véu é Francesco Franco, o (único?) economista que defende a desvalorização fiscal. E, para isso, ele até julga poder-se contar com uma diminuta capacidade reivindicativa dos trabalhadores: “como, tipicamente, os salários ajustam muito devagar em Portugal, os efeitos da medida podem ser duradouros.”
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