sábado, setembro 15, 2012

“É extraordinário como o primeiro-ministro acreditou que a implosão social seria aceite”

• Ana Sá Lopes, O não retorno:
    ‘Percebe-se, agora, que havia uma panela de pressão que, há uma semana, rebentou. O facto de, nos últimos dias, inúmeras personalidades de direita se terem juntado à contestação ao governo demonstra bem como Passos Coelho não teve a noção de que estava a assumir uma mudança sistémica que a direita portuguesa sempre evitou: implodir de uma forma descarada os mínimos de coesão, rebentar com o consenso que fundou o Estado social – feito entre sociais-democratas e democratas-cristãos na Europa e em Portugal “assinado” entre socialistas e sociais-democratas, com o CDS a assumir-se, de Adriano Moreira a Paulo Portas, como “o partido dos pobres”. Esses mínimos de coesão estão a ser extintos por Passos Coelho e Vítor Gaspar, com Portas a fazer de conta que não está a ver. Até agora, a direita sempre atirou à cara da esquerda o facto de esta “não ter o monopólio das preocupações sociais”. Depois do governo Passos, nunca mais o poderá fazer.’

1 comentário :

Anónimo disse...

O que é curioso, é que um distinto ministro foi empossado ao serviço no Palácio da Ajuda de lambreta.

Disse para comigo - ~cá está um bonito de ataque ao despesismo.

Passados 15 dias deram-lhe um BMW da serie 5 para uso e costumes.

É a forma destes rapazes enganarem o "Povinho".


O trabalho à "jorna",sem direitos e a sopas de cavalo cansado é o que espera a maioria da população.

É nefasto e preocupante.

Zé Boné