quinta-feira, outubro 25, 2012

Vamos comer às escondidas?

Hoje no Jornal de Notícias (p. 48)

O Ministério Público passou a adoptar o hábito, injustamente atribuído aos algarvios, de comer dentro da gaveta. Nos tempos que correm a inveja é grande. O Governo corta sem olhar a quem no subsídio de desemprego, no complemento solidário para idosos, no rendimento social de inserção, no salário mínimo e em todas as remunerações do trabalho e pensões que “mexam”. Um verdadeiro “tigre fiscal”.

Que faz o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público? Manifesta-se solidário com os trabalhadores, cujos interesses o Ministério Público tem o dever estatutário de defender? Nada disso. O Sindicato chega a acordo com a ministra da Justiça à socapa para, como diz o nosso bom povo, andar de “cu tremido”.

E a direcção do sindicato, sempre preocupada com a autonomia do Ministério Público em relação ao poder político, dá a boa nova aos associados pedindo-lhes a máxima discrição. O segredo é realmente a alma do negócio. A não ser que se trate do “segredo de justiça”.

16 comentários :

Baltazar Garção disse...


Genial!

Utópico disse...

Claro que isto não é inconstitucional:

http://utopiarealista.blogspot.pt/2012/10/inconstitucional-claro-que-nao.html

S. Aldo disse...

Que pais tiveram estes indivíduos que não lhes souberam ensinar o que é a VERGONHA e a HONRA.

Anónimo disse...

"O Triunfo dos Porcos" de George Orwell: - " Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros".

josé neves disse...

Caro Miguel Abrantes,
É correcto que o "comer na gaveta" é algarvio e tem fundo de verdade.
Contudo os próprios algarvios, especialmente os do Barrocal, usam muito tal expressão ainda hoje, porque nos anos quarenta/cinquenta, quando o mar dava pobreza (mortes e miséria) e o Barrocal dava riqueza(fruros secos),vinham para estas zonas muitos pedintes de Manta Rota e Fuzeta.
No Barrocal eram mal vistos porque corria a ideia de que pediam mas tinham dinheiro escondido em casa ou no banco e, parece com razão, e que eram forretas e pouco amigos do vizinho e por isso comiam na gaveta para quando alguém batia à porta, poderem fechar imediatamente o prato na gaveta e responder: "Se o vizinho tivesse chegado mais cedo tinha almoçado comigo".
Esta é a história, contada aqui no meu Barrocal, acerca desse tema relativo a uma zona específica do Algarve.
Talvez, nas féria de Passos, lhe tenham contado a história e ele tenha pensado: - pois, ao contrário, eu vou comer na gaveta de todos os portugueses -.

james disse...

Isto, da máxima discrição, é tão surreal e infantil para as duas partes que já não me merece mais comentários.

Anónimo disse...

O desejável é que a remuneração dos magistrados se encaminhe para níveis próximos do do (generoso) salário mínimo - sem acréscimos de espécie alguma, evidentemente.
Isso sim constituiria, decerto, factor que asseguraria e promoveria uma melhor administração da justiça.
E encontra-se, aliás, em perfeita consonância com as orientações a esse respeito emanadas por instituições que se têm vindo, há muito, a debruçar sobre o assunto - como vg a ONU e o Conselho da Europa.
Na verdade, por que carga de água hão-de os nosso magistrados ganhar mais que o salário mínimo nacional?!

Anónimo disse...

Alguém ainda acredita que haja independência de Poderes neste país? Alguém tem confiança numa Justiça com estes agentes? Alguém pensa que a Democracia está de boa saúde? Tenhamos medo , muito medo!

Anónimo disse...


Monti
«qui Out 25, 06:53:00 p.m»
No Tribunal Constitucional, já deixou de haver reformas após dez anos des erviço?
Como a de miss Assunção Esteves, dali reformada aos 42 anos, agora maestrina dos 230 artistas amestrados da AR?
Portanto, porque não 100& de desconto nos alfas Lisboa-Porto?
A magistrados e deputados?

Anónimo disse...

Do vice procurador-geral: Conto, também, para este mesmo fim específico de informação e opiniões, com a colaboração do Sindicato dos Magistrados do MºPº.
http://www.pgr.pt/intervencoes/2012/Posse.pdf

Anónimo disse...

e era preciso chegar-se a esta medida para avaliar aquela gente? Há muito que se viu que não presta....

Anónimo disse...

Gente podre, razão têm o anterior procurador, este ministério publico e esta corja do sindicato dos juizes usam a corporação para fazer politica e assassinatos de carácter.
Socrates cortou-lhes regalias e levou com o freeport durante anos.
Este governo mantem-lhes as regalias e os casos BPN e submarinos continuarão nas gavetas dos gabinetes dos magistrados.
Teorias da conspiração? Não, meus caros, infelizmente é a mais pura nojice que grassa nesta classe de priviligiados.
Salário minimo? Com carácteres destes , nem o pó dos meus sapatos mereciam comer.

Anónimo disse...


A socratice a fazer demagogia. Leiam o estatuto do ministerio publico apenas isso e deixem de ser hipocritas.

AL ZHEIMER: repórter na Piolheira disse...



Mesquinhez COLOSSAL!


NÃO HÁ MACHADO QUE CORTE A RAIZ A ESTA HIDRA?


Pois, se calhar já só mesmo à bazucada...

Anónimo disse...

E o estatuto do resto dos cidadãos ó labrego capacho?

Estatuto do Mistério Público disse...



Ó santinho de pau carunchoso das 9:51 (és tu mesmo, panascão), onde é que o estatuído no "estatuto do ministério público apenas isso" contradiz, ou explica, a brutidade risível do tal "emílio" manhoso?


Começa tu por ler a Lei de Murphy, que se aplica bem mais a este caso (e ao suposto guverno atal).


Um MAU FIM-DE-SEMANA para ti, meu tinhoso.