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• A.R., 5 de outubro de 2012
• Azeredo Lopes, O glossário secreto de Passos Coelho
• Carlos Barbosa de Oliveira, Em memória de um PR
• Eduardo Pitta, O SILÊNCIO DOS INTELECTUAIS
• Estrela Serrano, Será que o Presidente vai escrever um novo prefácio? e Basta de nos tomarem por parvos
• Isabel Moreira, Denunciar o que deve ser denunciado, sim?
• Júlio, Lunático pretende que teria evitado a crise…
• Nuno Serra, Sem comentários, I, II e III
• Paulo Pedroso, Gaspar anunciou uma tragédia social, mas fê-lo em português técnico, não como Pedro a correr para Nini e A velha escola está de volta. Para já à experiência e com o nome de ensino vocacional que é apenas ocupacional.
• Pedro Lains, Na sua análise do que está a acontecer... e Por que é importante partir da origem da crise?
• Valupi, Acetilsalicílicalizando
• Xavier, Privatização dos CSP em marcha
1 comentário :
"SILÊNCIO DOS INTELECTUAIS" - Artigo a ler para refletir.
Ponho-me muitas vezes esta questão. Que é feito deles? Onde param ou costumam parar...? Tornaram-se simplesmente panfletários? Preocupados apenas em que se privilegie ou não a "austeridade"? O que se discute e se confronta no nosso coletivo? Existe um pensamento português, se quiserem, um pensamento filosófico português? Existe! E de que teias de aranha precisa de se libertar? Será que eles existem agora? Existem! Nunca vi na minha vida perorar tanto por um novo povo que se conforme com o conjunto das nossas elites - afinal, as mesmas de sempre... "Temos de mudar?", conclamam agora muitos ditos intelectuais ou pseudo-intelectuais. Temos, quem?! O povo?! Quando escrevem e falam, estão ligados ao coletivo, ao povo que os pariu, alimentou e suportou encargos para os educar?
Sabe-se que em momentos de grande crise numa sociedade, o ambiente social não é muito propício à reflexão, à criação. E nós vivemos na antecâmara de uma coisa terrível..., que nem é bom dizê-la, mas que ficou bem expressa numa frase de um intelectual, no "Público" do passado sábado: "...porque o eleitorado em 2009, prevenido da crise que vinha, nem por isso deixou de votar em Sócrates, para um ano depois o correr como um vil político que devia estar preso"(José Pacheco Pereira, o eterno candidato a Mordomo ou Dapífero de uma corte especial democrática, ou outra qualquer, que escreve livros, lê muitos livros, escreve nos jornais, tribunas nas televisões, etc..). Quem é que devia estar preso Senhor José Pacheco Pereira? Quantos milhões de milhões se perderam de 1985 a 1995? Quantos milhões de milhões se desbarataram com o BPN, BPP e na Madeira? Faça as contas e quase decerteza ultrapassaria os 78 mil milhões. O seu partido foi tomado por bandos de malfeitores desde 1985.
Mas costumo colocar-me uma outra questão. Que é feito, neste momento, do Movimento Estudantil Universitário? O que é que se está a passar nas nossas universidades? Conspiração?! Conformação?!
Como caraterizar a burguesia nacional e estratos sociais da nossa sociedade? Em que estadio está o desenvolvimento das nossas forças produtivas? Que tipo de alianças no seio da nossa sociedade são neste momento prioritárias e possíveis? Há uma burguesia nacional forte e independente no contexto internacional? Existe a tradicional classe operária para uma revolução socialista? O mundo de hoje aceita uma revolução de partido único? Que entendimentos e alianças são possíveis no nosso País?
Será que o paradigma dos nossos actuais intelectuais é o filósofo José Gil, muito na crista desta direita, que fugiu de Moçambique atrás de uma corsa..., que deixou de ser comunista porque o criticavam de gostar de jazz, e, vejam só!!!, conheceu Portugal e os portugueses numa conversa que teve em Paris com o filósofo Gilles Deleuze, para num livro concluir que um povo com 850 anos será "invejoso", "familiarista" e tem medo de existir, não aprende com a experiência. Outros dizem que os portugueses têm falta de mundo, de conhecer o que se passa lá fora!!! - um povo que conhece os cantos todos do mundo, do céu e da terra.
Eu que não sou intelectual (minha nossa!) aconselharia aos nossos intelectuais (se é que eles existem...) a ler o "Portugal" de Miguel Torga. Para aprenderem a amar o povo que somos e de que fazem parte e a analisarem bem o tipo de governantes que temos, bem como a sua "entourage".
E escrevessem e parlapeassem para o povo com amor pelo povo. De facto, o melhor do mundo.
Vá lá senhores intelectuais da treta! Saiam da vossa zona de conforto! Usem o vosso privilegiado intelecto ao serviço do povo. Quem me dera ter esse dom para ajudar a pensar um Portugal onde o povo seja feliz.
Portugal é do povo! O povo de 1383-1385. Compactuar com esta canalha que nos trata como gado é traição!
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