quinta-feira, dezembro 06, 2012
A “refundação” em curso (com Mário Nogueira a apoiá-la)
Não deixar ninguém para trás?
Deixá-los cair...
Os planos de recuperação foram introduzidos nas escolas em 2006, por determinação da então ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. Eram elaborados no final do 1.º período, depois de determinadas as notas, e apresentados aos alunos com más notas no início de Janeiro.
Que resultados tiveram estes planos de recuperação? Aparentemente, muito bons. Dados do Ministério da Educação e Ciência, divulgados no ano passado, davam conta que 75% dos alunos abrangidos por estes planos acabaram por recuperar e não reprovaram.
No entanto, Nuno Crato, que quer uma escola para as elites, atirando as crianças “menos dotadas” para o ensino profissional, achou que os resultados destes planos de recuperação eram fracos e extinguiu-os.
Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, aplaudiu a decisão de Nuno Crato: “Sempre dissemos que os planos de recuperação eram de pouca utilidade. Para os professores representavam mais uma carga burocrática, quando muitos dos alunos abrangidos por aqueles planos, bem como as suas famílias, na prática já não ligavam à escola”.
A coligação negativa entre o PSD e o PCP, que já vem dos tempos dos governos de Sócrates, assume agora contornos de coligação positiva.
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11 comentários :
Gostava de saber por que razão os professores não correm com este energúmeno.
A conclusão deste post é que no PS já não se sabe o que é um sindicato - isto percebe-se na medida em que o autor do post e o anónimo (sex Dez 07, 12:29:00 a.m) laboram sob a idea de que o líder da Fenprof fala à revelia da vontade manifesta dos seus associados. Se querem um exemplo, vejam o caso dos estivadores: eles também têm líderes sindicais que falam com os partidos, com o governo, com os meios de comunicação, etc, mas fazem-no em representação da vontade dos seus associados - assim é também a Fenprof.
Enfim, é o PS que temos...aliado da direita desde 25 de Abril de 1974.
João.
Tem toda a razão o leitor João, este senhor defende de facto os interesses de uma certa classe de professores que estão habituados a não fazer nenhum, a não ser avaliados e a ganhar do bom e do belo sem que o seu trabalho o justifique. São os professores do quadro.
Para os outros, está-se bem a cagar, como se viu quando os contratados foram despedidos aos magotes.
O que este senhor defende sabemos todos muito bem o que é : uma elite bacoca e previligiada que só por acaso é representada por um sindicato de esquerda. Podia se-lo pelo gato da minha vizinha, desde que o mesmo lhe mantivesse os privilégios a que estão habituados.
A fenprof há muito que deixou de ser um sindicato para se assumir definitivamente como corporação.
Mais uma das que ajudou este desgoverno a lá chegar.
O PLANO DE RECUPERAÇÃO É BEM ANTIGO E NÃO SEI QUEM PODE CONCORDAR COM ELE.
há medidas que são boas e de boa fé devemos estar com elas
muito má,pior, é a alternativa que estava em cima da mesa e que não sei se a meteram na gaveta. espero que sim!
Bem sei que este gajo é dirigente sindical e que, nessa medida, cuida (na perspectiva dele, claro) do seu rebanho. Mas... Será que lá no PC alguém, a começar pelo Jerónimo Avô Cantigas de Sousa, ouviu, e digeriu, esta pérola de solidariedade social?
Sim, sim, os professores sindicalizados (e já agora os funcionários públicos também) são um rebanho de xupistas que não querem fazer nenhum...eu conheço esse discurso. É o da base de apoio do governo e, pelos vistos, talvez também do PS.
João.
Talvez se o João elaborasse sobre o que estava mal nos planos de recuperação ficassemos melhor informados... Não quer exemplificar?
Não falei em professores sindicalizados nem em funcionários publicos. Falei dos professores do quadro a quem este sindicato serve. Decerto havia e ainda haverá professores que não fazendo parte do quadro estarão sindicalizados na fenprof, mas para os direitos desses a fenprof está-se bem a cagar, como bem tem demonstrado a falta de acção e luta deste sindicato, perante os despedimentos em massa deste verão.
Ó Teófilo, sinceramente, então não acha que isso é dar muito trabalho ao "amigo" João? Ele tem lá cabeça para isso, coitado.
O João foi passar o fim de semana à Coreia do Norte enquanto pensa na resposta.
S. Bagonha,
Que tal perguntar aos professores que executavam os planos de recuperação? Será que o PS alguma vez o fez? Onde estão os professores a defender o modelo do anterior governo PS? Ah... não defenderam, vieram para a rua protestar.
O anónimo sex Dez 07, 09:26:00 p.m. coloca um problema recente que, é verdade, terá afectado muitos professores. A questão que eu coloco é se seria possível integrar os professores que não fazem parte do quadro em pé de igualdade com os profesores do quadro sem precarizar, em termos de vínculo de trabalho, todo o sistema? Não estou a ser irónico. É uma pergunta que faço genuinamente.
João.
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