quarta-feira, dezembro 12, 2012

Os intelectuais mediáticos

• André Freire, Democracia e Estado mínimos com o beneplácito de intelectuais mediáticos [hoje no Público]:
    ‘(…) defender uma academia sem empenhamento cívico e político, apenas refletindo sobre o que existe, aceite com um dado incontornável e inevitável, e afastando a possibilidade de qualquer reflexão (académica) sobre alternativas, só pode querer dizer pactuar com uma democracia ultrajada e com a construção do Estado mínimo nas costas dos eleitores. Dito de outro modo, não empenhamento significa muitas vezes legitimação do statu quo; estar colado (acriticamente) ao "ar do tempo" não é estar colado ao "fim das ideologias" ou ao "fim da história", é estar colado à hegemonia do neoliberalismo. Por outro lado, é curioso o empenhamento encarniçado de Filomena Mónica contra Boaventura Sousa Santos compaginado, em simultâneo, com um completo mutismo da senhora em relação a certas faculdades de economia ou de ciência política, por exemplo, maioritariamente alinhadas com o pensamento (económico e político) dominante. Ou será que os alinhamentos políticos só ocorrem quando são explicitados e/ou quando divergem do statu quo? (…)’

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