quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Passos Coelho: "Fomos além do objectivo"

Para avaliar se há as razões para o contentamento evidenciado por Passos Coelho e Paulo Portas, relativamente ao resultado das negociações em curso no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual da UE 2014-2020, veja-se este quadro:


O Governo bem pode dizer que o resultado é melhor do que a proposta da Comissão ou até que é muito melhor do que Cameron queria. Mas a verdade é só uma: na altura em que o país mais precisava de fundos europeus, é quando vai receber menos. Muito menos, até porque a obsessão com o défice faz sacrificar sempre o investimento nacional, reduzindo a contrapartida nacional e, assim, a capacidade de investimento total na economia.

Hoje no Jornal de Notícias (p. 27)

Mas o spin do Governo, que foi servido através deste contentamento oco, tem um lado perverso, como o sublinhou ontem Pedro Silva Pereira na sequência de uma intervenção de Paulo Portas na Assembleia da República, na qual o líder do CDS-PP sustentou que Portugal não se podia queixar do resultado: “Quem não se pode queixar, dificilmente obterá alguma coisa mais.” A faceta estarola do Palácio de São Bento a contaminar o Palácio das Necessidades.

2 comentários :

Anónimo disse...

Qual é a admiração? É a estratégia do costume : ameaçar uma desgraça a 200% para depois se pensar que a 100% então já fica tudo bem.

Estupido é o povo que cai na esparrela. O governo, esse só faz aquilo que bem lhe ensinaram na escola de estratégia comunicacional da jota laranja : ameaçar que lhes dás com o pau e o chicote e depois ficas-te só pelo chicote.

Baltazar Garção disse...



Claro. É como as famosas previsões: «afinal de contas não foi "nada mau", porque foi apenas "menos de 0,2% pior" do que aquilo que o "guverno" estimava»...