Encaixar as peças

Estão recordados daquela sucessão de episódios que envolveu os serviços secretos: caso Bairrão, dados fornecidos à Ongoing, reestruturação das secretas, emails para Relvas e repasto de Passos Coelho com Jorge Silva Carvalho no Gambrinus? Como se sabe, um dos episódios consistiu na devassa da vida privada de Nuno Simas, então jornalista do Público, por parte de um espião chamado João Luís.

Esta sucessão de episódios deu lugar a grande algazarra, naturalmente. Passado algum tempo, a vida voltou à normalidade: a Presidência do Conselho de Ministros, onde Passos Coelho deve mandar alguma coisa, integrou o ex-espião João Luís no seu quadro de pessoal; a agência Lusa, que é tutelada pelo Dr. Relvas, ofereceu um cargo de direcção ao jornalista Nuno Simas, que foi aceite.

Para concluir o puzzle, faltava arranjar um lugar para o ex-chefe das secretas. Já está: pelo sim, pelo não, fica a trabalhar junto ao Dr. Relvas.

PS – Agora, só falta esclarecer o caso nunca esclarecido de Bernardo Bairrão, o secretário de Estado que não tomou posse após um telefonema de Manuela Moura Guedes para Passos Coelho em pleno Conselho de Ministros.