Hoje no DN |
Nos longínquos tempos do outro PREC, havia um semanário que fez escola: o Tempo. Foi por lá que Paulo Portas iniciou a sua brilhante carreira (e aprendeu muito do que hoje sabe). Nuno Rocha, o seu director, publicava todas as semanas o que era supostamente discutido nas reuniões do Conselho da Revolução. Os artigos eram uma espécie de actas das reuniões, que tinham mais a ver com a imaginação não muito prodigiosa do director do Tempo do que com a realidade.
As reuniões do Conselho da Revolução efectuavam-se à quarta-feira e prolongavam-se pela noite dentro. Às quintas-feiras, pela manhã, o país tomava conhecimento, através do semanário de Nuno Rocha, dos assuntos que haviam sido tratados na véspera. A coisa correu bem a Nuno Rocha durante meses a fio. Uma quarta-feira, a reunião do Conselho da Revolução foi desconvocada à última hora — mas, no dia seguinte, o Tempo lá trazia a “acta” da reunião que não tinha ocorrido.
Nuno Rocha disse então ter-se tratado de um “incidente técnico”. O Tempo acabou não muito depois.
2 comentários :
Há quem diga que esta é uma jogada de Relvas para tramar Seguro...
A ser verdade, Relvas consegue ser mais estupido do que o que se pensava.
Os 'jornalistas' do DN não conseguem enfiar nas suas cabecinhas que Sócrates não precisa de "ajudas" para uma entrevista.Ele pensa pela cabecinha dele, o que já é bastante, em comparação com os desmiolados que nos (des)governam e que o DN tanto aprecia.
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