segunda-feira, abril 01, 2013

Álvaro entre a espada e a parede…
… mas aguenta-se no Governo enquanto protelar o esclarecimento


Tribunal questiona Santos Pereira pela segunda vez sobre contrapartidas dos submarinos. Já aqui, ali e acolá falámos sobre como o Álvaro foi atirado ao mar e ficou com a batata quente na mão — o que faz crer que ou arranjam outro que faça tão bem ou melhor este papel ou não há remodelação do Álvaro até à conclusão do julgamento.

Se o tema dos submarinos lhe interessar, o leitor encontrará mais posts aqui. E até poderá descobrir que, ao contrário do que insistentemente diz o PSD, a iniciativa para a aquisição de três submarinos não coube a um governo de Guterres, mas ao último governo de Cavaco Silva, mesmo ao cair do pano. Confirme aqui.

2 comentários :

Fernando Romano disse...

Comentar temas desta Grandeza é complicado. Vou tentar.

É do conhecimento de toda a gente ligada a estes negócios, mesmo na sua periferia, que a corrupçãozinha..., chamemos-lhe assim para simplificar (luvas, comissões do caraças, alíneas para encher o olho, etc.), é condição quase inultrapassável para fechar negócios desta dimensão. Há uma regra básica, que ainda se mantém nestes negócios: os agentes nomeados para fazerem o negócio, de um lado e do outro, têm que alinhar em certos esquemas, para ficarem agarrados - deitar mão aos apetecíveis milhões para luvas e comissões.

Até aqui tudo nos conformes... O busílis surge quando é um Estado o comprador e os membros do governo (da tutela), sabendo da regra instituída, decidem botar mão a parte daquele maná do céu..., seja para benefício próprio, seja para, por exemplo, o seu partidozinho político. Ora, os intervenientes da praxe não prescindem da Regra, dos valores consuetudinários..., pelo que só há uma maneira, caso surja algum chico esperto perigoso pelo meio a querer atrapalhar: corromper nas contrapartidas, ou seja, lixar o Zé povinho, como quem diz, carregar os contribuintes com essa repartição excecional, tornando-as fictícias - as contrapartidas, já se vê. Deve ter sido um colhão de massa!

Se só comeram os comissários nomeados para intervir no negócio, pouco há a dizer: é da Regra, ou seja, é o modo de vida peculiar a essa mundo esotérico, desde que salvaguardados os interesses do Estado português. Para isso é que há governantes eleitos pelo povo.

Tudo indica que alguém do governo da altura se meteu onde não era chamado e desrespeitou o povo. Reconheçamos que é preciso ter uma grande resistência...

Porque é nas contrapartidas que está o busílis. Ou estarei enganado?

Digo eu!

Rosa disse...




"Mas que las hay, hay"...