• José Manuel Pureza, A culpa não é do Excel:
- ‘(…) o picante da história foi a descoberta de que Reinhart e Rogoff terão usado bases de raciocínio econométrico incompletas e erradas. Não fôra a sua má programação da folha Excel e o discurso seria fatalmente outro: onde se estabeleceu que países com um rácio de dívida/PIB de mais de 90% terão tido, entre 1946 e 2009, crescimento negativo, deveria estar a constatação de que tiveram afinal um crescimento médio de 2,2%. E tudo teria sido diferente. Teria? Não serei eu a desvalorizar a fraude científica presente neste caso e o que ela nos desafia a pensar sobre a responsabilidade social dos produtores de ciência: uma correlação estatística entre sobredívida e crescimento negativo mal estruturada e errada serviu de base a políticas concretas que desgraçaram entretanto, e continuam a desgraçar, milhões de vidas. Por muito menos condenaram-se autores de propostas assumidamente ideológicas aos velhos e novos indexes.’
Sem comentários :
Enviar um comentário