quinta-feira, abril 18, 2013

Que mais me irá acontecer, perguntará Gaspar


Um dos trabalhos académicos que sustentam a política de austeridade, que encontrou um efeito negativo entre endividamento e crescimento económico, está a ser posto em causa depois de terem sido encontrados erros nos cálculos de Excel. Trata-se de um trabalho apresentado em 2010 por Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff — “Crescimento em tempos de dívida”.

Ora, tendo esse estudo servido de justificação teórica para os desmandos do actual governo — e citado abundantemente pelo ministro das Finanças da troika e pelo governador do Banco de Portugal —, é caso para dizer que tão mau como o Excel de Gaspar só o de Reinhart e Rogoff.

3 comentários :

Anónimo disse...

Para estes tipos o erro do estudo é irrelevante.

Para um fundamentalista não há estudos - só há conclusões que são boas quando agradam e más quando não agradam.

Para eles o erro é que está errado.
A realidade é que se comporta mal quando não encaixa.

Estamos a falar de ideologia e de fundamentalista que...não têm limites.

Anónimo disse...

Sem este erro este estudo já era contestado por 3 razões que podem ser lidas aqui
http://www.cepr.net/index.php/blogs/beat-the-press/how-much-unemployment-was-caused-by-reinhart-and-rogoffs-arithmetic-mistake

Resta saber se no excel foi mesmo erro ou se foi propositado para encaixar nos preconceitos que são partilhados por gente como o gasparoika, o moedas e o governador carlos costa.

"....The most important of these errors was excluding four years of growth data from New Zealand in which it was above the 90 percent debt-to-GDP threshold. When these four years are added in, the average growth rate in New Zealand for its high debt years was 2.6 percent, compared to the -7.6 percent that R&R had entered in their calculation.(...)"

Descendit de coeli disse...



Erro é todo o mal que já foi feito.

Erro é continuar a ter fé neste tipo de "sciência" que é a economia.

Erro é quem errou e fez errar não ter vergonha de, se for preciso, continuar a errar e a errar e a errar, impunemente?...