“As propostas de cortes de seis mil milhões de euros, suportados em cerca de 90% pelos servidores públicos, além de uma violenta iniquidade, configuram uma brutal erosão da qualidade dos serviços públicos e, por essa via, uma via de destruição das capacidades criativas e de produção de riqueza do país”

• André Freire, Destruição de um regime, destruição de um país [hoje no Público]:

‘O Presidente da República tem falado na importância de se cumprirem os acordos internacionais para assegurarmos a confiança dos investidores e dos parceiros internacionais (Roteiros IV; 25 de Abril). Todavia é estranho que o Presidente, supostamente o supremo guardião da democracia e da Constituição, nada tenha dito sobre a profunda erosão do apoio dos portugueses ao regime, bem como sobre o cavado declínio da confiança dos cidadãos nos seus representantes. Tais sinais configuram uma senda de destruição do regime construído desde Abril de 1974. Mais, as propostas de cortes de seis mil milhões de euros, suportados em cerca de 90% pelos servidores públicos, além de uma violenta iniquidade, configuram uma brutal erosão da qualidade dos serviços públicos e, por essa via, uma via de destruição das capacidades criativas e de produção de riqueza do país.’