sábado, junho 22, 2013

Neocolonialismo

Le Monde, hoje

Trata-se de uma sugestão do FMI que a União Europeia adoptou: os fundos comunitários canalizados para a Roménia serão entregues a empresas públicas que serão geridas por administradores enviados de Bruxelas. Um desses administradores, um belga chamado Benoit Pleska, que conhece a Roménia por ter gerido os negócios locais da cimenteira Holcim e da Danone, afirma:
    «Il y a des subventions européennes en jeu, nous devons garantir qu’elles seront mieux gérées qu’avant. On peut envisager une mobilité des manageurs à l’échelle européenne, ce qui serait une grande première. Pourquoi ne pas imaginer qu’un manageur allemand pourrait gérer la poste grecque? Ou qu’un Finlandais s’occupe des télécoms portugaises? Pour moi, cette mobilité des manageurs est la phase ultime de la construction européenne.»
Para Benoit Pleska, a fase suprema da construção europeia será espalhar alemães, finlandeses e afins pelas administrações das grandes empresas dos países periféricos. Lamento desiludir o Sr. Pleska, mas Portugal vai mais à frente: entregou a condução do Governo a um enviado do Sr. Schäuble.

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