- ‘3. São conhecidas as diferenças políticas que tive com o ministro das Finanças. A sua decisão pessoal de sair permitia abrir um ciclo político e económico diferente. A escolha feita pelo primeiro-ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual.
4. O primeiro-ministro entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças. Respeito mas discordo.
5. Expressei, atempadamente, este ponto de vista ao primeiro-ministro, que, ainda assim, confirmou a sua escolha. Em consequência, e tendo em atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um acto de dissimulação. Não é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível.’
- Comunicado de Portas a anunciar a demissão do Governo
Acontece que o ministro das Finanças alemão, referindo-se à Miss Swaps, disse hoje: “Sim, conhecemo-la muito bem, no fundo não é uma mudança. Estou descansado, Portugal vai prosseguir o seu caminho com êxito.”
Afinal, quem está a falar verdade: Portas, que se desemaranhou da “consciência”, ou Schäuble, que assegurou, com ar confiante, que o governo português continuará a escavar o colossal buraco?
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