sexta-feira, julho 05, 2013

Alegado primeiro-ministro


    ‘A nossa democracia produziu o mais trágico e o mais patético dos primeiros-ministros. Pedro Passos Coelho é um actor que toda a vida ensaiou o papel de primeiro-ministro e convenceu-se de que é o personagem. Se tivesse ensaiado o papel de cirurgião estava agora a matar gente no bloco operatório convencido que a bata fazia o médico. Este trágico homem vive uma delusão; e não é só ele. Por uma incompreensível insanidade colectiva, colegas, eleitores e jornalistas também confundiram o actor com o personagem e levaram-no até ao cargo. Tratam-no, até hoje, como primeiro-ministro, ao ponto de dele esperarem soluções. É uma tragédia.’

3 comentários :

Fernando Romano disse...

Eu adorei este pedaço de prosa. Retrato mais acertado não conheço. Mas é bom ler o artigo todo. Há lá um período muito interessante - permitam-me a liberdade - sobre psicossociologia comparada.

Anónimo disse...

A campanha de ódio ao Sócrates tinha um propósito bem determinado... ninguém ver o que quer que fosse senão esse ódio...

e enquanto isso... estava-se a fabricar ISTO.

Aí têm....

Anónimo disse...

Cada vez mais uma comparação deste imbecil primeiro ministro com outro imbecil primeiro ministro de seu nome Bush, me parece adequada.
E lá está, se uma das nações mais poderosas do mundo conseguiu eleger para presidente um mentecapto , porque não nós ?