Cacilheiros geridos pelos “genros e a uma filha de um amigo e conterrâneo”

Não se trata do João Franco que mantinha uma acesa troca de correspondência com D. Carlos e tinha um enorme apetite por governar à margem das instituições. Este João Franco é mais comezinho: é militante do PSD, foi colocado pelo anterior governo de direita à frente da Transtejo e, já em 2013, foi alçado à presidência do Porto de Sines.

Para trás ficou uma indemnização que a Transtejo tem de pagar ao concessionário de um restaurante no terminal fluvial do Cais do Sodré. Ainda que tivesse acordado que seria a única empresa do ramo da restauração no terminal, João Franco, ainda o restaurante não tinha aberto, já tinha autorizado a abertura de um quiosque de comes & bebes “aos genros e a uma filha de um amigo e conterrâneo do então presidente da Transtejo”. O Supremo Tribunal de Justiça condenou a Transtejo a pagar uma indemnização de mais de meio milhão de euros ao estabelecimento lesado, o que não impediu João Franco de ser nomeado presidente do Porto de Sines. A história é contada pelo Público.