• Alfredo Marvão Pereira e Pedro G. Rodrigues, Um ‘scorecard’ para a proposta de reforma do IRC:
- ‘A proposta não se autofinancia, e custa mais de 1.000 milhões de euros. Uma maior dedutibilidade dos gastos admissíveis estreita a base fiscal e, com uma redução da taxa que atinge os 12,5 pontos percentuais, é difícil que a receita fiscal aumente. Mais do que estimular a economia, esta proposta apenas reduz os impostos sobre o capital já instalado. A haver margem orçamental, seria mais eficiente financiar um programa plurianual de reforço do crédito fiscal ao investimento e do investimento público. Obter-se-iam maiores ganhos em termos de investimento e de emprego. A proposta de aumentar a tributação no IRS dos rendimentos de capital não compensará a sua redução em sede de IRC porque as sociedades não distribuem todos os lucros. Para além disso, desincentiva a poupança dos accionistas, reduzindo os recursos para investir no futuro. A avançar, os 1.000 milhões de euros em falta serão obtidos com mais cortes nas prestações sociais e na função pública e ou com mais impostos, o que agravará a desigualdade de rendimento.’
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