quarta-feira, outubro 02, 2013

Companheiros desavindos

— Eu, chiclete, para usar e deitar fora? Comeram-me a carne, agora roam os ossos.

O conselho nacional é o órgão mais importante do PSD entre congressos. É responsável pelo desenvolvimento e execução da estratégia política definida em congresso, bem como pela fiscalização política das actividades dos órgãos nacionais e regionais, tendo poderes alargados nos termos do n.º 2 do artigo 18.º dos Estatutos.

O conselho nacional abarca a elite laranja. Para além dos membros eleitos no congresso, são conselheiros os militantes que sejam ou tenham sido presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro e presidente dos Governos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, os antigos presidentes do PSD, os presidentes das comissões políticas distritais e representantes das comissões políticas regionais e dos círculos eleitorais da emigração, a direcção do grupo parlamentar e o coordenador dos deputados europeus.

Ainda que sem direito a voto, têm igualmente assento no conselho nacional os membros dos restantes órgãos nacionais, os deputados ao Parlamento Europeu, o primeiro militante eleito em cada câmara municipal, os militantes que sejam membros do Governo, da Comissão da União Europeia e do “Gabinete Sombra”, o director do “Povo Livre”, o presidente da comissão de relações internacionais, o director do gabinete de estudos, os secretários-gerais adjuntos e até o presidente da comissão nacional de auditoria financeira (um tal José Luís Arnault).

Neste contexto, esperar-se-ia que uma reunião do conselho nacional decorresse com elevação e decoro. O que ontem se viu foi exactamente o oposto, pondo em relevo a natureza da elite laranja: críticas, ataques e insultos no Conselho Nacional do PSD. Até Paulo Rangel, n.º 1 da lista para o conselho nacional eleita no último congresso, foi apupado e viu a sua intervenção interrompida, tendo só a muito custo conseguido acabar o seu discurso. Como confessou um conselheiro nacional, “há muito tempo que não se assistia a uma berraria assim”.

Poderemos conjecturar que, após as próximas eleições europeias, irão voar cadeiras pelo ar. É a direita que temos no seu esplendor.

2 comentários :

Anónimo disse...

Hehehehe... como eu desejo profundamente, o PSD está a desaparecer. :)

Esta escumalha vai pagar bem caro as trafulhices que andou e anda a fazer há muitos anos.

Esperem pelas Europeias e vão ver o que é voto de protesto!!! As autárquicas foram só o ensaio, pois muita gente não é capaz de votar contra "o seu" autarca.

Mas nas Europeias vão ver o que é bom...

Ass: Mais um que pertence ao eleitorado flutuante... com boa memória

Olimpico disse...


Bem...bem...Se nas Europeias ( se chegarem lá...) acontecer "coisa" parecida ou pior, vai haver tiros, na reunião da direção.

NB: É necessário ter em atenção, que a direita Europeia vai tentar acautelar os seus interesses...E estes, COMANDAM a TROICA.... Eles sabem que os Europeus já há muito verificaram que os "BARROSOS" são todos IMCOMPETENTES para contrariar a "TEMPESTADE MUNDIAL".Por isso,podem resistir utilizando outra estratégia, que os possa beneficiar.....digo eu.