Paulo Portas atribuiu a sua irrevogável demissão à escolha da Miss Swaps para substituir Vítor Gaspar, com o qual mantinha “diferenças políticas”. Frustrava-se, por isso, a sua expectativa de que se poderia abrir um “ciclo político e económico diferente”, dado ter-se optado pelo “caminho da mera continuidade no Ministério das Finanças”. O que aconteceu depois é conhecido: Passos Coelho deu a Portas e ao CDS cargos e poderes, forçando-o assim a ficar no Governo e a dar ordem ao pequeno pelotão que o rodeia para que saltasse para o comboio que vai a toda velocidade contra a parede.
Entretanto, não só o “novo ciclo” não chegou como o que houve de pior no “velho ciclo” se agravou: quando se esperava a adopção de incentivos ao crescimento, promove-se a concentração de meios na escavação do buraco.
A conferência de imprensa de apresentação do Orçamento do Estado para 2014 marca o momento em que Portas assina a rendição, conformando-se com a continuação da política de Gaspar, agora sob a batuta da Miss Swaps, a quem não reconhecia estatura nem idoneidade. Com a agravante de, por cobarde falta de comparência, ter passado uma procuração à Miss Swaps para que esta tomasse a condução do processo.
Depois de ter abandonado sucessivamente as bandeiras dos pensionistas, dos contribuintes e dos combatentes, resta ao CDS-PP assumir-se como o partido da troika, ou seja, dos credores internacionais. Em modo dissimulado ou não, é irrelevante. O que fica para a História, numa nota de rodapé, é que a Miss Swaps comeu Paulo Portas.
4 comentários :
É bem capaz...
Nem uma deve ter jeito para comer, nem o outro gostava de ser comido.
Parece...
rosa, é bem rapaz para isso.
deve ser fressura...
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