— Pensões? Para quê, se tenho as stock options sem IRS? |
Sempre que o governo que está a aplicar o programa dos extremistas do Compromisso Portugal (“ir além da troika”), rebaptizado nas últimas eleições legislativas como Mais Sociedade, se encontra em situação crítica, um dos seus promotores faz uma investida na comunicação social para tomar a defesa das suas políticas, exigindo no entanto que se vá ainda mais longe.
Ontem, coube a vez a António Carrapatoso, a quem a TSF e o DN abriram de par em par as suas portas para ele poder juntar a sua voz, sem o mínimo contraditório, aos que pressionam o Tribunal Constitucional: “Montou-se um sistema de pensões que é insustentável”. Não é verdade o que diz, mas, em todo o caso, António Carrapatoso terá de concordar que, se o contribuinte António Carrapatoso tivesse pago uma dívida de IRS superior a 740 mil euros, isso teria dado para satisfazer o compromisso assumido com umas tantas pensões.
10 comentários :
No Norte da Europa, gente desta vai de cana!
2 f.d.p.
Curioso. Não ouvi o biltre, mas quando soube que iria ser entrevistado na TSF, pensei também que quando governo está de rastros por incompetência, a criatura aparece como se fosse um mentor a desculpar e justificar a porcaria feita pelos discipulos.
Não é flor que se cheire, como muitas no jardim passista, aliás .
Pena os jornalistas não terem questionado sobre isso!
Esta gente da União Nacional, vulgo PSD, não é reciclável.
Cada vez percebo melhor o Stalin|
São uns "delinquentes" como lhes chamou, e bem , Mário Soares.Eu acho que são uns canalhas sem vergonha.
Todos os sábados, TSF e DN nos dão entrevistas com banqueiros e gente do género. Tudo pessoal que fala muito embora sobre os sacrifícios do outros esquecendo-se de declarar impostos próprios.
Ouvi a apresentação/encenação de Paulo Portas sobre as pensões de sobrevivência, e desde logo me surgiu uma imensa dúvida:
- Então neste caso já não há preocupação, já não interessa a "convergência" entre sector público/sector privado?
Com o argumento da convergência, está na AR uma proposta para um corte de 10% nas pensões de sobrevivência da CGA - função pública.
Mas no caso desta redução hoje apresentada com pompa e circunstância a convergência esfuma-se.
De facto, no sector público, dos 11% descontados, 3% destinam-se a pensões de sobrevivência, enquanto que no sector privado são, como disse Paulo Portas, 2,44& para o mesmo efeito, portanto uma contribuição inferior.
Mas o valor das pensões a que há direito é o inverso: 50% as da CGA, 60% as da Segurança Social.
Convergência? Só funciona numa direcção!
Perguntar não ofente: Ainda existem jornalistas?
Sou o Anónimo das 12:57:00 AM e, depois de ouvir novamente Paulo Portas, não resisto a complementar aquele meu comentário.
Ora, havendo aquela diferença entre as pensões de sobrevivência da Segurança Social e as da Caixa Geral de Aposentações (60%/50%), não deveria o governo "deixar cair" a proposta de redução em discussão na Assembleia da República, em nome da convergência entre sistemas?
Mas parece-me bem que não, e a solução será, sem dúvida, aquela que o governo sempre prefere: convergência "por baixo" e, mais tarde ou mais cedo, os beneficiários da SS verão as suas pensões baixar para os 50%, em convergência com as da CGA.
Aliás, o mote foi já ali dado pelo Paulo Portas, ao anunciar para futuro "...um regime de convergência de regras...".
Mas esta re-audição que acabo de fazer leva-me a cada vez mais me convencer que PP é um mestre na mentira e na simulação.
Aquelas três ou quatro vezes em que se refere aos que assustaram as pessoas com falsidades, atribuindo responsabilidades ao PS, é de uma desonestidade a toda a prova, é repugnante!
E a forma como, por um lado, foi repetitivo até enjoar com os pormenores sobre os limites de rendimentos, pormenorizando mesmo os valores da TSU (34% no total, 2,44% para estas pensões), etc., e omitiu qualquer pormenor sobre o regime da CGA, designadamente sobre contribuições e respectivo montante das pensões (3% de desconto e pensões de 50%), referindo-se apenas a "critérios próprios", foi um exercício de simulação e mentira, a que aliás já vamos estando habituados.
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