quarta-feira, janeiro 15, 2014

Leituras

2 comentários :

Baltazar Garção disse...

Sobre o «Imposto a 75%» (de João Cardoso Rosas):

A Igualdade é um direito do Homem, mas ao mesmo tempo as desigualdades, numa Sociedade que funcione de acordo com princípios de Justiça e Legalidade, são resultantes de opções tomadas em nome de outro direito do Homem, que é a Liberdade. Havendo total respeito pela Igualdade e pela Liberdade, deverão aceitar-se com igual respeito as desigualdades económicas (e sociais).

No entanto, tomando esta regra como geral, permanece em termos conceptuais um problema, que aqui é assertivamente abordado por J. Cardoso Rosas: a questão dos limites (e quem sabe Matemática e Geometria sabe como ela é relevante)!

As desigualdades económicas (e sociais) serão moralmente aceitáveis desde que sejam resovidas as questões de limite. Ou seja, deverão ser legalmente impostos limites quanto aos valores EXTREMOS da escala social! Por outras palavras, tem de haver limites para a Pobreza, como para a Riqueza, sob pena de serem subvertidos os princípios que garantem o próprio respeito pelas desigualdades.

Dito de outra forma, as desigualdades só poderão ser toleráveis se não puserem em causa a Igualdade!

E a pobreza extrema, como a riqueza extrema, podem na prática extinguir as condições para a subsistência da Igualdade (e pôr até em causa a coesão da Sociedade). Vejam-se os casos dos Países pobres e sub-desenvolvidos, onde existem desigualdades socialmente disruptivas...

Por esta razão, só por ela, podem ser aceitáveis taxas de 75% de Imposto sobre os rendimentos...

Anónimo disse...

Um imposto de 75% sobre determinados patamares de rendimento não é mais do que justiça distributiva que deveria ter sido feita por quem pagou obscenidades a outrém de tal ordem que justifiquem um imposto de 75%.Por muito bom que alguém seja e por muito dinheiro que dê a outros a ganhar ( por métodos pouco claros ainda por cima ) nada justifica alambazar-se com 100mil euros mensais nas continhas de offshore.
Não meus amigos gananciosos da finança, o céu não é o limite, o limite deve ser-vos imposto pelo estado através de um imposto confiscatório que vos mostre sem qualquer sombra de dúvida o quão desfazado está o vosso salário ao fim do mês do rendimento e produtividade que vocês realmente têm.Um imposto que vos meta alguma vergonha nas putas das fuças, porque o dinheiro que vos anda a encher os rabos gordos está a ser retirado aqueles que já nada têm...