segunda-feira, março 17, 2014

Pediram consenso?

• Hugo Mendes, Pediram consenso?:
    «(...) Ora, se queriam um consenso, aqui o têm: era difícil imaginar que pessoas de quadrantes ideológicos tão díspares subscrevessem uma posição que há 2 anos não passava de um enorme tabu. No momento em que a Europa ainda não sabe o que fazer à dívida grega, o apelo à importância de encontrar uma solução integrada para todos países com níveis elevados de divida é muito oportuno.

    3. A resposta do primeiro-ministro ao manifesto foi notável: não pela demarcação (natural) da solução proposta, mas pelo descontrolo revelado. Isto mostra que um objetivo do manifesto já foi atingido: mostrar que Passos está mais sozinho do que pensa e que a sua solução "responsável" não serve os interesses futuros do País. O que ela serve, na verdade, é a agenda dos que viram na ‘troika' a oportunidade de implementar um programa ideológico e acham que o trabalho não está terminado. Quem assim pensa, "precisa" de toda a dívida: enquanto ela for gigantesca, a austeridade será permanente. Talvez concedam o risco de uma reestruturação no futuro - mas nunca antes de terminar a desestruturação do Estado e a purificação da economia em curso. Se algo une os signatários do manifesto, parece ser a vontade de colocar um ponto final a esta deriva.»

2 comentários :

Anónimo disse...

Só prova que Passos só está interessado num tipo de consenso : o que concorda com ele.
Tenha lá paciencia mas a isso não se chama consenso, chama-se lamber de cús .

Em memória de Medeiros Ferreira disse...



E não é só Passos Coelho que está desnorteado: é sobretudo o Cavaco, que tanto pediu o consenso e, afinal, agora que ele se conseguiu atingir, e numa dimensão INSUSPEITADA, percebe-se que o único consenso possível em Portugal é o consenso que se opõe à FALTA DE SENSO do Presidente da República!

Não é só Passos Coelho que se deve demitir na sequência das Europeias, ainda a tempo de se poder elaborar um OE/2015 que dê um NOVO RUMO AO PAÍS: É TAMBÉM O CAVACO QUE, NA SEQUÊNCIA DA TOMADA DE POSSE DE UM NOVO GOVERNO SAÍDO DE LEGISLATIVAS ANTECIPADAS, DEVE ACEITAR A DERROTA DAS SUAS OPÇÕES ESTRATÉGICAS, humildemente renunciar e, desse modo, abrir caminho a uma NOVA ERA na vida política portuguesa, mais limpa, mais séria e mais adulta. Que, se tivesse chegado ontem, já vinha tarde!


________________


PS: E, escusado será dizê-lo, é também chegada a hora de Seguro perceber que três horas foram tempo demais para perceber, finalmente, que há "divergências insanáveis" entre as "soluções" desta pandilha de gatunos irresponsáveis e o Partido que, há menos de um ano, exigia Legislativas conjuntas com as Autárquicas e votava uma Moção de Censura na A. R.!