terça-feira, abril 29, 2014

Estado social:
os cortes que não passam pelo Tribunal Constitucional

Através de um simples passe de mágica — uma portaria mais ou menos obscura —, o Governo pretende reduzir drasticamente a rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde (SNS), encerrando designadamente dois centros de excelência no domínio da cirurgia cardiotorácica: o Hospital de Santa Cruz e o Centro Hospitalar de Gaia, que «operam anualmente cerca de mil e de 900 doentes respectivamente e fazem mais de dois mil cateterismos cada» (cerca de 25% da actividade do país).

Questionado por João Semedo na Assembleia da República, o inimitável Passos Coelho disse desconhecer a existência da portaria. Incapaz de ter argumentos para defender publicamente uma política que está a desmantelar o SNS, o alegado primeiro-ministro preferiu passar por um tolo que não conhece um diploma estruturante da saúde pública do país.

Hoje, soube-se que mais de mil doentes esperam há mais de um ano por uma operação ao coração. Alguns desses doentes morreram entretanto. O fecho do Hospital de Santa Cruz e do Centro Hospitalar de Gaia, sobre o qual escrevi aqui, irá agravar a situação.

Como o Nuno Oliveira reproduziu o artigo do Expresso a que fiz alusão, vale a pena (re)lê-lo na íntegra:

5 comentários :

james disse...

Patego, velhaco, incompetente e completamente vazio este Passos Coelho.

Anónimo disse...

O que eu gostava era de ver José Sócrates perguntar na TV seria: Sendo que o Durão sabia das ilegalidades todas do BPN, porque razão posteriormente à alegada conversa com Constâncio decidiu, em estreito pandam com a Dona Manuela, transferir 25% do dinheiro da Segurança Social dos portugueses (500 milhões de EUROS) para um Banco que sabia ser uma fraude? É que circula por ai muita desinformação - que o fantoche Seguro nunca se dignou desmontar- que pretende inferir ao Governo PS a culpa pela nacionalização do BPN, e acho que esse argumento cai por terra quando se percebe que aparentemente o BPN foi armadilhado pelo Durão antes de dar de frosques!

Victor Nogueira disse...

Um governo em que todos andam à rédea solta uns dizendo e outros desdizendo e um primeiro-ministro que é o último a saber, para quem nabos e cenouras são o mesmo que bonés e narizes de cera ... sem esquecer um vice-portas sempre-em-pé apesar da corda bamba ...

Anónimo disse...

Uma portaria não é consequência de um decreto-lei? Um PM não sabe o que se passa no seu Governo? Isto está pior do que o que nós pensamos.

Anónimo disse...

Tomara que , quando o serviço estiver destruido, o pai de algum desses assassinos deputados necessite de assitencia cardio vascular. O pai, os filhos, a mulher, a familia toda ! E que nem todo o dinheiro do mundo os consiga salvar, apenas a competencia e experiencia das equipas que , ops, foram extintas por decreto.
SABUJOS!