sábado, maio 10, 2014

Da série “O país está melhor”

aqui fiz uma breve alusão às estatísticas do INE¹ relativas ao (des)emprego. Vale a pena voltar ao assunto.

A metodologia adoptada pela União Europeia — e seguida pelo INE — estabelece que, para se ser considerado desempregado, é preciso que, em simultâneo, se esteja disponível e que se tenha feito algo para encontrar um emprego. O INE estima que haja 276,6 mil inactivos disponíveis mas que não procuraram emprego e mais 25,8 mil inactivos à procura mas não disponíveis. Somando os desempregados «não oficiais» aos «desempregados oficiais», verifica-se que a taxa real de desemprego está, na hora actual, em 19,8%.

Por outro lado, a população a trabalhar a tempo completo também diminuiu (para 3840,1 mil pessoas), somando-se ainda 586,8 mil pessoas que trabalham a tempo parcial e outras 244,9 mil na mesma situação que declaram querar trabalhar mais horas. Ora as situações de subemprego registadas pelo INE e os casos de trabalho a tempo parcial representam perto de 19% da população empregada.

Em 2008, antes da crise financeira que a Dr.ª Manuela qualificou como um «abalozinho», a taxa de desemprego estava em 7,6%.
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¹ Ver também o Expresso e o Público.

1 comentário :

Rosa disse...



Mas é evidente que os números oficiais do desemprego estão falseados!