terça-feira, junho 03, 2014

Reduzido à expressão mínima

Marcelo foi entrevistado por Clara Ferreira Alves na Revista do Expresso (de 31.05.2014). Eis as últimas duas questões a que respondeu:
    - Falemos de 2015. Crise política? Novas lideranças?
    - Não se vê como esta maioria possa ser renovada em 2015. E António José Seguro, em relação ao qual fui muito duro, porque me parece pior preparado do que Passos Coelho quando subiu, não teria uma maioria absoluta fácil. Guterres, uma vez, deu-me um conselho: não faça nada porque se não fizer nada será primeiro-ministro. Eu demiti-me. E dei o mesmo conselho a António José Seguro; não faça nada. E sabe o que ele me disse tempos depois? Tem piada, o António Guterres deu-me o mesmo conselho. O meu problema foi mexer-me de mais. Quanto aos resultados das europeias, e sobretudo o avanço de António Costa, mudam completamente o cenário anterior. António José Seguro nunca teria maioria absoluta e poderia mesmo ter dificuldade em vencer. António Costa representa um novo ciclo no Partido Socialista, com claras hipóteses de vitória e de apelo à própria maioria absoluta. Portanto, no espaço de poucos dias, a atual maioria passou do alívio de achar que tudo estava em aberto para o susto de ter de enfrentar um possível novo líder do PS que entra no eleitorado que resta ao Bloco de Esquerda, eleitorado do PC, e nesse eleitorado difuso que anda disperso entre abstenções, nulos, brancos e partidos de contestação.

    - E no PSD também não haverá mudanças? Há pelo menos descontentamento. Não comerá António Costa eleitorado do PSD?
    - O eleitorado atual do PSD e do CDS já está reduzido à expressão mínima.

1 comentário :

Olho vivo disse...


Ponto e vírgula, ó chô prufeçor fala-barato!


"Expressão mínima"... nas condições atuais da Comunicação SOcial, bem entendido!


Em condições de verdadeira IGUALDADE, veríamos até que ponto baixariam esses supostos "mínimos"...