quinta-feira, julho 03, 2014

Em modo bebé na incubadora


      «Tem sido difícil para quem está na incubadora, ver passar a família e, em vez de acarinhar, haver membros da família que dão uns estalos no bebé».

António José Seguro está ainda em modo bebé na incubadora: «É por isso que nós não tínhamos que passar por isto e, por isso, aqui estamos juntos, irmanados dos mesmos valores e para dizer coisas simples, e a primeira coisa simples que diremos esta noite é que, connosco na política, não vale tudo, não vale mesmo tudo».

«Não vale tudo, não vale mesmo tudo»? Adia-se a aprovação do regulamento para as eleições primárias, não se espera que a comissão eleitoral inicie funções e inunda-se o país de propaganda.

10 comentários :

Anónimo disse...

Ó Miguel, já disse que gosto de si?
Uma delícia este post!!
Na mouche: a ilustração, as citações, o link para 2004, a interrogação e a resposta final. Está perfeito!

Anónimo disse...

Parece um discurso do batata, o velho Américo Tomás.

Anónimo disse...

CRISE SOCIALISTA
Fundador do PS atira-se a António Costa

Alfredo Barroso, que tinha assinado manifesto de apoio de 25 fundadores, acusa autarca de Lisboa de "simplificação grosseira" sobre política de coligações.
O fundador do PS, Alfredo Barroso, acusa António Costa - num texto publicado esta quinta-feira ao fim da tarde no seu Facebook - de "se furtar à discussão, dentro do PS, [sobre] uma política de alianças".
O antigo chefe da Casa Civil de Belém, no tempo da Presidência de Mário Soares, tinha assinado no fim de semana um manifesto em que 25 fundadores davam apoio a António Costa, na disputa interna socialista, nota que "aquilo a que António Costa chama, com desprezo, a 'teoria do pisca-pisca', para se furtar à discussão, dentro do PS, de uma política de alianças, é, no mínimo, uma deselegância em relação àqueles que, como eu, acham que esse é um debate incontornável, face ao estado a que o partido chegou".
Depois acusa Costa de ter lançado uma "'fanfarronice' (que mais parece um 'sound bite' no pior estilo de Paulo Portas) é, sobretudo, uma simplificação grosseira daquilo que está em causa". E explica que o que está em causa "não se trata propriamente de saber com que partido ou partidos o PS se coligará, caso não obtenha maioria absoluta nas próximas eleições legislativas".
"Trata-se, isso sim, de saber em que condições estará o PS disposto a negociar, com os partidos à sua esquerda, uma plataforma mínima de entendimento - que não passa necessariamente por uma coligação de governo - e que deve ter em vista, fundamentalmente, a viabilização e sustentabilidade de um futuro governo do PS ancorado à esquerda."
"Esta inusitada atitude de António Costa não augura, em meu entender, nada de bom", aponta Barroso, para depois se perguntar "que novas 'teorias' António Costa irá inventar, para se furtar ao debate da questão do Tratado Orçamental, da questão da renegociação e/ou reestruturação da dívida, da questão das privatizações e da questão da promiscuidade entre o PS e os negócios?"
Alfredo Barroso não deixa de criticar as eleições primárias ("completamente anti-estatutárias, diga-se de passagem!"), para além da data das mesmas (28 de setembro), mas nota que "se nada de essencial é para discutir porque não é oportuno, afasto-me já em bicos de pés para não perturbar o sono das hostes".

José Oliveira disse...

Claro que isto não foi equivoco nenhum. Agora até "gente séria" como Jorge Coelho alinha na fantochada de Seguro e "sus muchachos". Uma coisa é um equivoco de gente distraída para um acto inconsequente outra coisa é gastar, deliberadamente, dezenas de milhares de euros em cartazes, mandá-los colocar e depois mandar dizer que foi um equívoco. Jorge Coelho assinou por baixo. O gesto provocatório tem uma finalidade concreta: levar Costa a desistir, por saber que Seguro está disposto a tudo, mesmo destruir o PS. Costa não vai querer e retira-se. Outra vez. De qualquer forma, será mesmo o fim do PS como grande partido. E vai ter dois coveiros, Seguro e Costa, um passivo, outro activo. Depois de se ter chegado aqui, no partido que ainda representava o socialismo democrático, mais vale mesmo acabar, como na Grécia e em França.

RFC disse...

sex Jul 04, 12:40:00 da manhã

Epá, o objectivo da/o anónima/o é enrubescer o Miguel?

Conde de Oeiras e Mq de Pombal disse...



Alfredo Barroso é um lírico, um mitómano, ou está já senil.

Olimpico disse...


Se Alfredo não fizer este "boneco" quem fala dele ?
É humano.....rsrsrsrsrs

Anónimo disse...

RFC:
O Miguel não precisa que o enrubesçam. Ele sabe o valor que tem. Há neste espaço verdadeiras pérolas. E o que seria do espaço internauta sem o CC?
Lembra-se quando este espaço fechou temporariamente?
Ainda bem que voltou.
Carrega Miguel. Que não lhe doam os dedos e não lhe falte a memória.

A anónima das 12:40

Anónimo disse...

Alfredo Barroso ainda não percebeu, ao fim destes anos todos, que a concorrencia directa das "esquerdas" é o PS. Que aquelas não hesitam em aliar-se ás direitas para tramar o PS.
Que aqueles que vêm o PS como inimigo, mesmo que do mesmo lado ideológico, tudo farão para colocar a fasquia de entendimento tão alta que esse entendimento nunca será feito.
Alfredo Barroso não entende que, no dia em que as esquerdas chegarem a acordo com o PS deixarão de existir.Elas não lutam pelo povo, nem pelo país nem contra a direita. Lutam pela própria subsistencia. E essa subsistencia depende do retirar votos á sua concorrencia directa : o PS.
Costa tem uma boa razão para não se meter a falar já em alianças e acordos e o diabo a sete. o PS precisa ganhar a maioria absoluta se quiser fazer alguma coisa por este país desgraçado e em frangalhos. O PS TAMBÉM precisa reunir votos das esquerdas , que são suas inimigas. Vai estar a falar antes de ganhar eleições em fazer acordos com estas? É meio caminho para perder os votos dessa esquerda...

Anónimo disse...

"connosco na política, não vale tudo, não vale mesmo tudo, desde que se seja meu adversário. Já eu, perdão, nós, e os que nos apoiam podemos fazer o que nos apetecer. Porque sim."

Corrigido, para que o discurso se adapte mais aos factos.